Vitamina K1 ou Vitamina K2? Qual a Melhor Opção?

Quando você vai adquirir seus suplementos, há uma grande possibilidade de ser questionado sobre que tipo de vitamina K você vai preferir.

Aí vem aquela dúvida que ninguém pode lhe explicar. Há uma grande possibilidade de você estar usando o produto inadequado para os resultados que deseja

Agora eu vou lhe esclarecer essa situação.

O nutriente mais importante que você pode consumir e que ainda poucas pessoas sabem é a vitamina K, que reduz drasticamente o risco de doença cardíaca, osteoporose e muitas outras condições graves.

Certamente você não sabia, pois a maioria das boas pesquisas com essa vitamina são recentes.

Há cerca de 1 década descobriu-se uma proteína dependente da vitamina K: proteína Gla da matriz (MGP), encontrada em seu sistema vascular, e que é um inibidor de calcificação arterial. Sem a vitamina, estas e outras proteínas dependentes dela permanecem inativadas e não podem desempenhar suas funções biológicas.

Segundo o Dr. Schurgers, “Existe uma correlação muito forte entre MGP inativo e microcalcificações. É muito interessante especular que a deficiência de vitamina K é causante da microcalcificação, que então se instala em toda uma cascata de processos que conduzem a aterosclerose”.

E poucos sabem que há 2 tipos: a K1 e K2. Ambas preparam o cálcio para fazer tarefas no corpo. Mas elas são bem diferentes.

Vitamina K1

Também conhecida como fitoquinona, crucial para a coagulação adequada do sangue, é abundante em vegetais de folhas verdes, como espinafre, repolho, couve de bruxelas e couve.

O fígado utiliza essa vitamina para ativar proteínas que se ligam ao cálcio e ajudam a coagular o sangue.

Vitamina K2

Também chamada menaquinona, é encontrada em alimentos fermentados e alimentos à base de animais. O corpo humano converte K1 em K2 nos intestinos, mas de forma pouco eficiente, e a maioria da K2 deve vir da alimentação.

A K2 diz ao cálcio para ir para os ossos, em vez dos tecidos.

Para a deficiência de vitamina K, portanto, vamos focar na K2.

Ela é vital, especialmente pelo fato de a última geração ter sido orientada a evitar alimentos de origem animal, o que promove essa deficiência. Cerca de 80% das pessoas apresentam deficiências de vitamina K2.
Aqueles que consomem as maiores quantidades de K2 têm o menor risco de doença cardiovascular, calcificação cardiovascular e as menores chances de morrer de doenças cardiovasculares

Atenção especial com o risco de coagulação

Não há risco de coagulação se você tomar muita vitamina K, sendo que seus fatores de coagulação NÃO se tornarão hiperativos se você tomar grandes quantidades de vitamina K1 ou K2. Portanto, é bastante seguro consumi-la caso você não esteja tomando um medicamento anticoagulante oral.

As pessoas que tomam anticoagulantes orais devem ser cautelosas, pois essas medicações são antagonistas dessa vitamina. Isso que significa que elas bloqueiam a reciclagem de vitamina K – não apenas K1, mas também K2. Fique atento!

De acordo com o Dr. Schurgers:

“Se você tomar anticoagulantes orais – Coumadins e Warfarins – você deve ter cuidado com K1 e K2. No entanto, o conselho é ignorar tudo o que contém vitamina K, e é algo que eu argumento contra.

Porque se você tirar todos os K1 e K2 da dieta, cada pequena interferência – se você tomar um pouco de vitamina K – terá um efeito dramático no nível de anticoagulante. No entanto, se você tem um nível de ingestão constante de vitamina K1 ou K2, ou ambos, um pouco de interferência já não é tão ruim.

Então eu defendo: tome a vitamina K da dieta todos os dias, e coloque o nível de anticoagulante em cima disso. Mas não há benefício real para tomar vitamina K extra com Coumadin e eu não defenderia aquele.”

Ou seja, faça um exame de protrombina enquanto você está tomando vitamina K 1 e K2 em sua dieta e seu anticoagulante ora. Baseado nisso, seu médico poderá fazer os ajustes da sua dose.

Referências bibliográficas:

  • Journal of Nutrition November 1, 2004: 134(11); 3100-3105
  • Pediatric Neurology June 2014: 50(6); 545-546
  • Association for the Advancement of Restorative Medicine 2016
  • Thromb Haemost. 2008 October; 100(4):593-603
  • Am J Clin Nutr February 2003 vol. 77 no. 2 512-516
  • Am J Clin Nutr December 2001 vol. 74 no. 6 783-790
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