Vitamina E: O Segredo para Evitar a Casa de Repouso no Futuro

Um grande avanço nas pesquisas sobre a Doença de Alzheimer em vários anos, e que dificilmente você vai ouvir, trata-se de um composto transformador de vida e que está disponível a todos por um preço bem barato. Trata-se da vitamina E!

Sim, meu amigo, esta vitamina comum pode se provar ser uma das armas mais potentes do planeta contra uma das piores partes do mal de Alzheimer.

Você deve estar pensando que trata-se de prevenção de perda de memória. Mas não é…

Eu estou falando do declínio funcional associado, que é um espiral para baixo, levando-o à perda de independência e, mais cedo ou mais tarde, àquela viagem longa, vagarosa e só de ida para a casa de repouso.

Vejo isso com frequência nas pessoas que já não decidem mais o que preferem, e acabam ficando onde é mais conveniente para os familiares.

Tenha medo disso enquanto você pode decidir, pois lá na frente…

Conforme mostra um novo estudo, altas doses de vitamina E podem colocar esta viagem em espera. Isso porque esse nutriente essencial pode desacelerar o declínio funcional de aproximadamente 6 meses a mais de dois anos quando comparado tanto ao placebo como também a uma medicação para demência campeã de vendas, a Memantina.

Este é o equivalente a manter ativa uma aptidão que, de outra forma, teria sido perdida durante este tempo. Aptidões críticas como a habilidade de vestir-se e banhar-se e a confiança alheia de ser capaz de cuidar-se na maior parte do tempo, ao invés de ser tratado como um infante que baba.

Como resultado em um novo estudo, os pacientes que receberam a vitamina E necessitaram duas horas a menos de cuidados por dia. E quando você precisa de menos cuidados, você provavelmente permanecerá independente e FORA da casa de repouso.

Agora, eu estou ciente de que em tempos desesperadores talvez seja tentador considerar usar tudo, de uma só vez, com a esperança de que algo funcione. Neste caso, você talvez tenha a tentação de misturar a vitamina E com a Memantina.

NÃO FAÇA ISTO!!!

O estudo descobriu que combinar os dois levará a absolutamente nenhum benefício. É como se a droga de alguma forma bloqueasse os efeitos da vitamina E.

A vitamina E não ajudou com a perda de memória e cognição, mas não se iluda: porque é o declínio funcional, e não a perda de memória, que geralmente leva a uma instituição de “cuidados”. E é aí que a espiral para baixo da doença REALMENTE se inicia.

Quando a família vier para visitar (tristemente, em muitos casos, ela sequer se dá o trabalho de fazer isto), eles podem pensar “bem, acho que conseguimos colocar o Tio Alberto neste cantinho na hora certa, parece que a doença do pobre coitado está piorando.”

Lorota. Ela está piorando sim, mas não por causa da doença. É por causa da assim chamada instituição de “cuidados”.

A maioria destes “buracos” dão o exato oposto de cuidados: dão drogas, um monte delas para manter os detentos… Isto é, os pacientes… Dóceis, submissos e fáceis de cuidar.

Se o Tio Alberto estiver olhando fixamente para a parede e babando, não é porque a sua doença piorou. É porque ele está “tão alto” com drogas que lhes enfiaram goela abaixo que ele precisará de um paraquedas para descer.

Pior ainda, as drogas antipsicóticas comumente administradas a pacientes com demência em casas de repouso comprovadamente não fazem nada para melhorar a doença e podem DOBRAR o risco de morte (e este é um número conservador).

É por isto que é imperativo manter o Tio Alberto fora daquela casa de repouso…

Portanto, seja crítico em se manter com o máximo de saúde, pelo máximo de tempo que você consiga, e agregue vitamina E na sua rotina mesmo antes do 1ª sinal de demência.

Mas não pare por aí. A vitamina E é claramente uma peça importante do quebra-cabeça, mas é só isto… uma peça.
Se você realmente quiser retardar ou até parar o declínio funcional, você precisa de mais.

Você precisa das minhas…

Dicas para a sua independência

Ok, já lhe contei sobre a vitamina E, mas há outras ações seguras, comuns, e largamente disponíveis que podem prevenir, retardar ou até reverter aquele declínio devastador na função.
Naturalmente, são três coisas que já lhe disseram para evitar.

1) Gorduras boas para o seu cérebro

Estas gorduras são encontradas nos assim chamados “alimentos proibidos”, e também são essenciais para o seu cérebro. Consuma ácidos graxos ômega-3 encontrados em peixes, carnes e laticínios de animais criados a pasto, que também são críticos para a função cardíaca.

Segundo um grande estudo populacional, foi demonstrado que os suplementos ômega-3 retardam o declínio funcional, em comparação com as pílulas de placebo. Os pesquisadores naquele estudo usaram doses relativamente baixas, apenas 675 mg de DHA (ácido docosahexaenóico) e 975 mg de EPA por dia. Tome mais e você quase certamente terá maior benefício.

Aliás, o mesmo estudo descobriu que se você acrescentar 600 mg de ácido alfa-lipóico por dia, isto pode auxiliar no retardo do declínio cognitivo. Sim, você encontrará bastante dele em alimentos supostamente insalubres como a deliciosa carne vermelha e nas carnes de órgãos (decididamente não insalubres). Há também o óleo do coco, que evita de degeneração das células cerebrais.

2) Tome uns raios de sol

Se você estiver preocupado sobre a função, o equilíbrio e a força – e, vamos encarar, se você estiver chegando em uma certa idade, você seria louco de não estar pelo menos um pouco preocupado – então você precisa da vitamina D, e bastante dela.

A vitamina D pode ajudar a prevenir as quedas e as quebras incapacitantes que as acompanham. Nas pessoas de terceira idade em geral e nos pacientes com demência, em particular, estas quedas podem roubá-lo da sua independência e colocá-lo em uma casa de repouso tão rapidamente que causará tontura.

A melhor maneira de obter a vitamina D, é claro, é passar o maior tempo possível ao ar livre no sol (e quando você o fizer, esqueça aqueles bloqueadores solares tóxicos e use o bom senso ao invés deles; busque a sombra na hora de começar a ficar rosado e você passará muito bem).

Não coincidentemente, os estudos demonstraram que os pacientes com demência que são permitidos a ficar ao ar livre no sol todo dia passam melhor do que os pacientes presos dentro da casa de repouso.

Já que você não consegue ter certeza sobre a quantidade de D que está obtendo só do sol, você precisa de um mínimo de 10.000 UIs por dia. Se você, ou um ente querido, estiver combatendo uma doença como a demência,fale com o seu médico.

3) Encha a cara

Sim, eu sei que o “mé” pode soar como um caminho ligeiro para o desmoronamento – ou pelo menos, para uma queda na escada, machucando-se e acabando naquela instituição de “cuidados” de qualquer jeito.

Mas eu não estou falando em ficar bêbado. Um hábito moderado de beber – uma dose ou duas por noite – não só pode prevenir a demência, mas já se comprovou que afasta alguns dos piores sinais do envelhecimento, incluindo o temido declínio funcional sobre o qual eu falei acima.

Um grande estudo com mais de 3.000 pessoas com 70 ou mais anos de idade descobriu que os bebedores moderados tinham o menor risco global de incapacitação de mobilidade e limitação de mobilidade, quando comparados aos abstêmios e os bebedores pesados.

Mas lembre-se de que este é um passo preventivo. Não espere até que você já esteja encarando uma batalha contra a Doença de Alzheimer. Dar “mé” para um paciente com demência é simplesmente uma má ideia.

Então, é isto: a chave para vencer o declínio – e ficar FORA da casa de repouso – é fazer basicamente tudo que já lhe disseram para não fazer. Então, mãos à obra: aumente a quantidade de gordura que você ingere. Saia de casa e desfrute o sol. Tome a sua vitamina E. E prepare um drinque para você. A sua saúde, a sua independência e a sua vida estão em jogo.

Referências bibliográficas:

  • Livro Óleo de coco: a gordura que pode salvar sua vida. Editora Gaia.
  • CNN Health April 12, 2011
  • JAMA January 1, 2014: 311(1); 33-44
  • Age and Ageing July 2006: 35(4); 336-338
  • Orthomolecular.org November 12, 2013
  • Journal of Alzheimer’s Disease May 2009;17(1):151-9
  • Neurology July 6, 2010; 75(1):35-41
  • Reuters June 15, 2010
  • Nature Neuroscience November 2008, 11, 1311-1318
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