Vacina contra gripe previne somente 1,5% dos adultos

A vacina anual contra a gripe é considerada como o primeiro e mais importante passo na proteção contra esse vírus, sendo indicada para todos a partir dos 6 meses de idade. Porém CUIDADO! Os recentes estudos têm mostrado respostas bem diferentes para isso!

Segundo um recente trabalho publicado no Lancet Infections Diseases, a vacina contra gripe Influenza tipo A e tipo B é somente efetiva em 15% dos adultos vacinados. Com isso, a vacina não tem efeito protetivo de saúde em 97,5% dos adultos como se comenta!

Os pesquisadores concluíram que:

“Vacinas de gripe podem fornecer moderada proteção contra Influenza confirmada virologicamente, mas tal proteção é muito reduzida em algumas estações. A proteção em adultos com 65 anos ou mais é deficiente”.

Porém o que observamos através da mídia é que essas vacinas teriam uma proteção de 60%, mas é preciso entender que essa conclusão é baseada em risco relativo e isso não significa que 59 de cada 100 pacientes que tomaram a vacina estarão protegidos contra a gripe.

Alguns estudos clínicos só conseguem mostrar significativos benefícios porque eles focam em redução de risco relativo, em vez de redução de risco absoluto. E isso faz toda a diferença, pois as avaliações de risco relativo não dizem nada sobre o risco verdadeiro.

Esse último estudo apresenta resultados bem similares as pesquisas anteriores que também concluíram que vacinas contra a gripe parecem ter pouco benefício mensurável para crianças, adultos ou idosos.

Segundo o The Cochrane Database Review que é referência para avaliações de evidências científicas efetivas, comumente usada em intervenções médicas, publicou os seguintes comentários sobre as estatísticas.

“Mais de 200 vírus causam gripe ou doenças que simulam gripe, produzindo os mesmos sintomas (febre, dor de cabeça, dores, tosse e coriza). Sem testes laboratoriais os médicos não podem dizer se é uma doença ou outra. Ambas duram alguns dias e raramente levam à morte ou doenças sérias. Na melhor condição as vacinas podem ser efetivas somente contra a Influenza A e B, que representa 10% de todos os vírus circulantes. Todo ano a Organização Mundial de Saúde recomenda quais cepas virais devem ser incluídas nas vacinações para a próxima estação”.

Os autores deste estudo revisaram todos os trabalhos que compararam pessoas vacinadas com pessoas não vacinadas. A combinação dos resultados mostrou que em condições ideais (vacinação atingindo completamente a configuração viral circulante), são necessários 33 adultos saudáveis serem vacinados para se evitar 1 pessoa com sintomas de Influenza.

Na média geral são necessárias 100 pessoas vacinadas para se evitar uma com sintomas de Influenza.

As vacinas usadas não afetaram o número de pessoas hospitalizadas ou que deixaram de trabalhar, mas geraram 1 caso de Sindrome de Guillain-Barré (condição neurológica importante que leva a paralisia) em cada  milhão de vacinações!

Será que vale a pena o risco de saúde e bem estar, se somente uma de cada 100 pessoas estará prevenida de gripe?

Bebês e crianças estão sob a maior porcentagem de de risco e também não estão livres de complicações sérias com a vacinação, principalmente com a Sindrome de Guillain-Barré.

É muito importante ter isso em mente quando tomar a decisão sobre a vacinação!

O melhor modo de se prevenir da gripe

Para se evitar gripe ou doenças com sintomas similares, existem medidas que podem estimular o seu sistema imunológico para combater o problema:

 

1- Melhorar os níveis de Vitamina D

Essa é a melhor estratégia para se evitar infecções de todos, pois a deficiência dessa vitamina pode ser o verdadeiro causador do processo gripal. Mantenha os seus níveis entre 50 e 70 ng/ml.

A melhor forma de absorver Vitamina D é com a exposição ao sol e em último caso você deve fazer uma suplementação de Vitamina D3.

2- Evitar alimentos processados, açúcar e frutose

Esses alimentos deprimem o seu sistema imonológico, o qual é o principal responsável pela sua defesa contra vírus e outras doenças.

3- Repousar suficientemente

Caso o seu organismo esteja muito cansado ele não terá uma boa defesa contra gripes.

4- Praticar exercícios regularmente

Com isso você aumenta a circulação de sangue pelo corpo, promovendo melhor movimentação dos componentes do sistema imunológico e como consequência melhores chances de se combater os processos gripais.

5- Melhorar os níveis de Omega 3

Importante pela ação anti-inflamatória e por manter o sistema imunológico ativado.

A melhora da relação dos ácidos graxos essenciais como o Omega 3 e Omega 6, também auxiliam ao sistema imunológico.

6- Usar Zinco de acordo com as recomendações do Cochrane Database Review of the Medical Research on Zinc.

Quando se usa zinco no dia de início dos sintomas pode-se reduzir a duração da gripe por 24h, além de reduzir a severidade dos sintomas.

7- Utilizar Vitamina C

É um potente antioxidante que consumido em doses terapêuticas, pode neutralizar o processo gripal.

8- Utilizar Óleo de orégano

Por conter carvacol tem ação altamente antimicrobiana.

9- Usar Própolis

É um produto antimicróbio de amplo espectro, além de conter fontes de cafeína e epigenina, dois componentes importantes na ajuda do sistema imunológico.

10- Ingerir Chá de gengibre

Ingerido quente e com frequência, ajuda a combater à gripe ou resfriado. Causa transpiração e ajuda a erradicar os vírus.

11- Consumir canja de galinha

Galinha contém um aminoácido natural chamado cisteína, que fluidifica o muco no seu pulmão e o torna mais fácil de ser eliminado. Para melhores resultados consuma a sopa quente e com bastante pimenta. Isso promoverá a rápida liberação de fluido na sua boca, garganta e pulmão, fluidificando ainda mais o muco e tornando mais fácil a sua eliminação.

 

Referência bibliográfica:

– The Lancet  Infections Diseases. vol. 12, Issue 1, pages 36-44, Jan 2012.

– The Lancet Infections Diseases. vol 7, Issue 10, pages 658-666, Oct 2007.

– The Lancet. vol. 370, Issue 9594. Pages 1199-1200, 6 Oct. 2007.

– Stats at George Mason University

– International Journal of Epidemiology. Vol 35, Issue 2. pages 337-344.

– Center for Disease Control and Prevention.

– Cochrane Database of Systemic Reviews. Feb 17, 2010; (2) CD 005187.

– American Journal Of Clinical Nutrition. 86(5); 1376-1383 Nov. 2007.

– American Journal Of Clinical Nutrition. 86(5); 1420 Nov. 2007.

 

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