Três boas notícias que vão ajudar no alívio da endometriose

Frequentemente mulheres que procuram hospitais, clínicas e postos de saúde com cólicas torturantes causadas pela endometriose são enviadas de volta pra casa pelos médicos.

Sem saber ao certo o que fazer com essas mulheres, os médicos recomendam que elas façam uso de algum analgésico quando a dor estiver insuportável, e orientam ainda que elas aguardem ate à menopausa ou se submetam a uma histerectomia, pois seriam essas as únicas opções de cura.

Fato é que não importa qual seja a sua idade, essas atitudes vão sempre soar devastadoras. Agora, imagine o que isso causa para uma mulher que é diagnosticada com endometriose na sua juventude.

A boa notícia é que uma medicação natural, efetiva para a endometriose, revelada há dez anos voltou a ser enfatizada recentemente. O problema é que você deve estar esperando que a grande mídia revele isso, especialmente por se tratar de um problema aparentemente sem tratamento e com uma condição dolorosa intensa. Mas, não! Por mais que esse remédio já tenha ajudado a centenas de mulheres dando a elas o alívio que elas tanto esperavam, esse remédio tem sido ignorado e dificilmente encontramos algo que fale a seu respeito. Talvez, esse silêncio se dê pelo fato de que não seja algo patenteável e que possa trazer lucros.

Mas, enfim, vamos às três boas notícias que mencionei no título deste artigo:

1º – Reduzindo a dor da endometriose com hCG

Um estudo com resultado positivo para endometriose reportou que o uso de Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG), em dose única ou até duas vezes por semana durante três meses, levou a um resultado altamente significativo na:

  • redução da dor da endometriose;
  • melhora da qualidade de sono;
  • melhora da irritabilidade;
  • melhora do desconforto;
  • melhora do humor depressivo;
  • melhora da defecação dolorosa;
  • melhora da dor ao sexo;
  • melhora das cólicas intestinais.

Isso é uma importante descoberta que traz o tão sonhado alívio para as mulheres que sofrem com essa condição dolorosa que é a endometriose.

2º – Sem glúten para ficar sem dor

Aí está outra condição que responde bem à eliminação do glúten.

Em 2011, pesquisadores suecos reportaram que mulheres diagnosticadas com doença celíaca tinham um risco maior de desenvolver a endometriose.

Recentemente, pesquisadores italianos publicaram os resultados de um estudo realizado com 207 mulheres que apresentavam dor pélvica crônica causada por endometriose. Essas mulheres foram colocadas em dieta sem glúten por 12 meses, sendo que 75% delas tiveram um alívio da dor de forma significativa. As que compunham os outros 25% não apresentaram nenhuma alteração. O importante é que nenhuma delas não apresentou piora das dores.

Além disso, a sensibilidade ao glúten quase sempre inibe a assimilação de nutrientes, resultado em uma variedade de problemas de saúde.

3º – Melatonina alivia as dores da endometriose

Estudos recentes mostram que o uso da melatonina (hormônio conhecido por induzir nosso organismo a um sono reparador) ajuda no alívio da dor da endometriose.

Pesquisadores brasileiros apresentaram em um estudo realizado por oito semanas com 40 mulheres com idade entre 18 e 45 anos e com diagnóstico de endometriose, onde metade delas tomou um placebo e a outra metade fez uso da melatonina. Os resultados mostraram que o grupo tratado com melatonina teve uma redução de dor na casa de 39,80% e da dor provocada no período menstrual a redução foi de 38,01%. Além disso, a melatonina ajudou a melhorar a qualidade do sono e reduziu em 80% o uso de analgésicos.

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Referências Bibliográficas:

  • Systemic hCG treatment in patients with endometriosis: A new perspective for a painful disease. Wien Klin Wochenschr 2004; 116/24:839-843 
  • Risk of endometriosis in 11,000 women with celiac disease. Hu-man Reproduction 2011;26(10):2896-2901 
  • Gluten-free diet: a new strategy for management of painful endometriosis related symptoms? Minerva Chirurgica 2012; 67(6):499-504
  • Efficacy of melatonin in the treatment of endometriosis: a phase II, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Pain 2013 Jun; 154 (6):874-81.
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