Respostas do “Pergunte ao Dr. Rondó” – 20/01/13

Luciana Alexandre Gumiero: Dr. Rondó, gostaria que o senhor comentasse sobre qual a alimentação ideal pra quem teve câncer de intestino e se tem algum alimento, como a carne, por exemplo, que deva ser retirado totalmente dos hábitos alimentares. Grata. Vou acompanhar suas publicações.Dr. Rondó: A alimentação ideal para cada indivíduo depende do tipo metabólico. O consumo de carne só não é adequado quando se consome na forma esturricada ou na forma de embutidos. Dê preferência à carne de gado criado em pasto em relação aos produtos de confinamento, pois se trata de um produto mais saudável.

Um caso de identidade equivocada: o que a sua fadiga pode realmente significar?

Qualquer médico sabe que por mais inocente que possa parecer a fadiga, ela também pode ser uma bandeira vermelha que indica um problema mais sério.Então, já que ela não é exclusiva de uma doença específica, descobrir o que está na raiz da sua fadiga pode ser problemático.  Pode ser o efeito colateral de uma droga que você está tomando ou então uma indicação de algo mais sério, como doença cardíaca ou câncer. Mas uma das razões mais comumente ignoradas para a fadiga é o hipotireoidismo.

Óleo de coco: de volta para o futuro

Vivemos em uma época de quebra de paradigmas facilitada pelo acesso rápido à informação proporcionada pela internet, o que pode levar a confusões, quando não nos dispomos a estar atualizados. Outra grande dificuldade é em que acreditar, pois há informações novas e antigas, antagônicas, que coexistem. Se tomarmos em nossas mãos artigos médicos recentes e livros atuais veremos a abundância de estudos científicos validando os benefícios da gordura saturada boa, e no caso em questão, o óleo de coco.Por 60 anos, as autoridades médicas nos fizeram acreditar que gordura saturada elevava colesterol, causava doenças cardíacas, obesidade e até o mal de Alzheimer. Nós, pobres mortais, deixamos de consumi-la esperando dias melhores. Mas essas doenças continuam aumentando.

Fibromialgia: Uma dor real

Estimativas alertam que cerca de 4% da população seja afetada pela fibromialgia, sendo que em cada 10 casos acometidos 9 são em mulheres.Os principais sintomas relatados por pacientes que sofrem com a fibromialgia são a sensação de sensibilidade, rigidez muscular (muitas vezes insuportável) e dores em várias partes do corpo. É comum também apresentarem cansaço, depressão e distúrbios gastrointestinais.

Não aceite um diagnóstico de problema de saúde mental sem ouvir uma segunda opinião

Crises de depressão, ansiedade, irritabilidade, alucinações, mudanças cognitivas ou psicoses nem sempre sinalizam doença mental.Se alguém te disser “isso é tudo é coisa da sua cabeça”, não aceite. O que quase sempre é diagnosticado como problema mental não passa de uma condição médica mascarada. A maioria dos psiquiatras diz que 99,99% das doenças mentais começam no cérebro, causadas por desequilíbrio na química cerebral. Isso é verdade, mas é importante saber que doenças mentais verdadeiras são poucas.

É carne vermelha ou carne de imitação que está gerando problemas?

Enquanto a mídia condena o consumo de carne vermelha, afirmo sem medo de errar: a carne de gado brasileiro é de qualidade!Dizer que a carne vermelha de gado confinado americano faz muito mal para a saúde não é novidade. Eu mesmo já escrevi sobre isso em meu livro Sinal verde para a carne vermelha. Daí a dizer que toda carne vermelha faz mal há uma grande distância. Nesse assunto, a realidade brasileira é diferente da americana, que trata, inclusive, os embutidos como carne vermelha. Esse detalhe já nos permite dizer que não dá para comparar a carne de lá com a de cá. Há diferenças gritantes.

Tireóide, a chave da energia

Milhões de pessoas sofrem de insuficiência tireoidiana e não sabem. O resultado é uma epidemia mundial de desânimo e baixa vitalidade.Cansaço, irritabilidade e confusão mental são sintomas freqüentemente atribuídos ao estresse por um grande número de pessoas. Mesmo sentindo-se sugadas e sem energia, elas vêem os seus check-ups darem resultados normais e, assim, tocam a vida durante anos. Muitas vezes, carregam a pecha de pouco determinadas, depressivas e sem vitalidade. Até que, finalmente, o problema atinge tal gravidade que até os exames menos precisos logo o diagnosticam: hipotireoidismo. No mundo inteiro, a incidência dessa doença vem aumentando, mas os exames para diagnosticá-la continuam falhos. Por isso, mesmo com resultados aparentemente normais à mão, o médico deve investigar outros indicadores do problema e levar a sério as queixas do paciente.