Será que Mozart pode Ajudar no Tratamento da Epilepsia?

A ciência avança a passos largos dia após dia, fazendo novas descobertas. E algumas delas podem até parecer estranhas para muitos, pois a princípio não conseguimos compreendê-las muito bem.

Alguns achados se mostram comprováveis pelos cientistas, mas nem sempre se sabe o porquê dos resultados. Mas se são bons e funcionam, eis um motivo para comemorar…

Ainda mais quando não são usadas drogas químicas…

Eu sei que você também fica satisfeito quando vê notícias como essas, pois todos estamos cansados desse pensamento antigo que só usa remédios – cheios de efeitos colaterais – para tratar tudo.

Algumas vezes, é claro, eles são necessários. Mas se há opções naturais, elas podem e devem ser aproveitadas.

Veja por exemplo o que alguns pesquisadores confirmaram recentemente sobre o uso da música de Mozart para tratar a epilepsia…

Será que música pode ser usada para tratar a epilepsia?

Por volta dos anos 90, os cientistas descobriram algo curioso. A música de Mozart, compositor clássico do século XVIII, parecia melhorar o quadro de pacientes epiléticos.

Os resultados foram tão empolgantes que eles deram um nome para isso: o “efeito Mozart”. Porém, parte da comunidade científica sempre desconfiou se ele realmente funcionava…

Recentemente, pesquisadores italianos buscaram uma prova. Eles fizeram uma meta-análise, ou seja, uma análise de vários estudos científicos que avaliavam o efeito Mozart.

Eles checaram nada mais nada menos que 147 estudos, selecionando os 12 melhores para a análise final. E a conclusão foi de que o efeito realmente existe.

Os estudos mostram que voluntários epiléticos que ouviam Mozart diariamente:

  • Tinham redução no número de crises epiléticas.
  • Reduziam a frequência de atividades cerebrais anormais.

Embora variasse de pessoa para pessoa, a redução dos efeitos é bem alta. Ela fica entre impressionantes 31 e 66%!

Mas qual o segredo? Por que a música clássica de Mozart dá tanto resultado para esse tipo de tratamento?

Eis o X da questão. Os cientistas ainda não conseguiram entender por que isso ocorre.

A hipótese é de que as sonatas de Mozart tenham estruturas rítmicas que impactam direto em certos sistemas cerebrais. Eles também não excluem que outras músicas possam causar o mesmo efeito.

Usando a música a seu favor

Levando-se em consideração o quanto a música é acessível, essa é uma notícia e tanto. Ainda mais por ser totalmente natural, como comentei.

Você tem o costume de ouvir música? Se não, está na hora de cultivar esse hábito. Se sim, eu lhe pergunto: que tipo de música você ouve?

É certo que é importante ouvir aquilo que mais nos agrada, mas não fará mal nenhum buscar novos ritmos, como os que venho comentando por aqui. Aliás, isso lhe fará muito bem!

As pesquisas já confirmaram que:

  1. A música reduz estresse, ansiedade, melhora o seu sono e seu humor.
  2. Pessoas que se exercitavam ouvindo músicas, quando comparadas às que não ouviam, ficavam menos cansadas, tinham mais velocidade de decisão e melhor humor.
  3. Neurocientistas descobriram que ouvir suas músicas preferidas aumenta os seus níveis de anticorpos, melhorando a imunidade.
  4. Pesquisa feita em animais pela Universidade de Utah, nos Estados Unidos, confirmou que ratinhos de laboratório que ouviam Mozart (ele, de novo!) eram 77% mais resistentes a dores.
  5. Bebês prematuros que ouviam músicas especiais em uma UTI neonatal tiveram desenvolvimento cerebral mais rápido.
  6. Pessoas hipertensas que ouviam música clássica diariamente reduziram seus níveis de hipertensão.

Bom, acho que você agora tem motivos de sobra para ouvir boa música. Em boa parte dos casos, as clássicas são as que demonstram mais efeito.

Então, aumente o som e tenha uma Supersaúde!

Referências bibliográficas:

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