Sangue de Dragão: 4 Poderes Ocultos de uma Substância Milenar

Você já ouviu falar do sangue de dragão?

Não, não estou falando de nenhum livro ou filme com criaturas mágicas que cospem fogo.

Mas de fato, o sangue de dragão levou esse nome porque na época das navegações, por volta do século 16, essa era a “publicidade” dos mercadores europeus.

Eles vendiam frascos com um líquido vermelho vindo de além-mar, dizendo que eram miligramas preciosos de sangue de dragão.

Derrotados por algum cavaleiro em terras desconhecidas, seu sangue teria sido “importado” pelos navios que na época colonizavam várias partes do mundo.

Vindo de uma criatura tão poderosa, esse tal sangue de dragão era mágico e ajudava a curar doenças e até a combater o envelhecimento.

É, eu sei que parece uma história de vendedores inescrupulosos para ganhar algum dinheiro fácil.

Mas hoje sabemos que, pelo menos em parte, isso fazia algum sentido…

O verdadeiro sangue de dragão

As lendas acabaram quando se descobriu de onde vinha esse líquido.

Na verdade, não era sangue, e nem de dragão…

Tratava-se da seiva avermelhada de uma árvore originária das Ilhas Canárias, que por isso acabou recebendo o nome científico de dracena draco.

Hoje já se sabe que outras espécies, muitas nativas das Américas e do Brasil, tem uma resina vermelha similar na aparência e nos efeitos terapêuticos.

E o fato em toda essa história é que o sangue de dragão realmente apresenta diversos benefícios, que já eram conhecidos pelos povos originários muito antes dos europeus chegarem.

Benefícios do sangue de dragão

As pesquisas modernas conseguiram isolar os compostos e princípios ativos presentes no sangue de dragão.

E o que eles acharam foi incrível, como por exemplo:

Efeito cicatrizante

A resina sangue de dragão tem altíssimo efeito de cicatrização.

A seiva contém taspina e a dimetilcedrusina, duas substâncias com o poder de ajudar a melhorar ferimentos e até úlceras gástricas, segundo estudos.

Perfeito para pele

O sangue de dragão também é rico em polifenóis e proantocianinas, antioxidantes que combatem os radicais livres, ajudando assim a manter a jovialidade da pele.

Eles aumentam a síntese de colágeno e podem atenuar rugas e linhas de expressão.

Efeito antimicrobiano

Os estudos comprovam efeitos positivos no combate a bactérias, como a Helicobacter pylori, grande causadora de gastrite e refluxo.

Também se mostra potente contra outras bactérias causadores de infecções, como B. subtilis, S. aureus e a E. coli.

Anti-inflamatório e anestésico

O composto taspina do sangue de dragão também é responsável por seu efeito anti-inflamatório e de combate a dores.

Segundo pesquisas, essa resina age bloqueando a ativação das fibras nervosas que liberam sinais de dor para o cérebro.

Pelo mesmo motivo, pode aliviar a pele no caso de picadas de insetos.

Fantástico, não é mesmo?

Cuidados no uso

É sempre bom conhecer um pouco mais sobre os segredos da natureza que quase foram esquecidos ao longo do tempo.

Mas mesmo se tratando de algo natural, tenha sempre atenção na forma de usar.

Resinas vegetais, assim como os óleos essenciais, devem ser utilizadas diluídas conforme a orientação do fabricante, para evitar irritações ou efeitos adversos.

E, é claro, o ideal é sempre conversar com seu médico antes de qualquer atitude.

Use essas informações para falar com ele e pedir para que analise se você pode se beneficiar desse composto natural.

Supersaúde!

Ficha técnica:

Nome científico: Croton lechleri (Euphorbiaceae)

Para que serve: Cicatrização de úlceras gástricas e feridas; atenuar rugas e linhas de expressão; combate dores e bactérias que causam gastrite e refluxo.

Formas de uso:

  • Aromatizador: 6 a 15 gotas;
  • Banhos: 6 a 12 gotas. Diluir em 1 colher de sopa de óleo vegetal, mel ou vinagre orgânico de maçã, e acrescentar à água da banheira ou espalhar pelo chão do box;
  • Inalação: 3 a 6 gotas em 1 lenço (inalação pontual) ou diluídas em 50 ml de soro fisiológico ou água (inalação a vapor ou em inalador elétrico);
  • Massagem: 66 a 120 gotas para cada 100 ml de óleo vegetal;
  • Uso tópico e cosmético: 11 a 66 gotas para cada 100 ml de óleo vegetal.

Referências bibliográficas:

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