O Melhor Multivitamínico de Todos os Tempos

Por incrível que pareça, os nossos ancestrais vêm usando esse “suplemento multivitamínico” há pelo menos 2,5 milhões de anos, quando nos transformamos em caçadores e nossa fonte alimentar predominante começou a incluir a carne.

Com isso, nossos cérebros, de 500 cm³, também se desenvolveram até chegar aos atuais 1350 cm³. O aumento da capacidade cerebral foi literalmente alimentado por carne.

Nessa evolução, eles aprenderam não somente a abater as presas, mas também os predadores. Com o aumento da nossa inteligência, passamos a ter mais chances de se sobrepor a esses predadores.

E mais, durante esse período evolutivo, não abandonamos o consumo de vegetais, nossa alimentação original. Apenas enriquecemos a dieta com carnes.

Porém, quando se consumia carne, era o animal inteiro, tanto por motivo funcional como pelo enfoque espiritual.

Eles aproveitavam todas as calorias e todos os nutrientes. E se fizermos uma reflexão, toda cultura indígena sempre viveu consumindo o animal inteiro.

Dieta com carne e nível nutricional: seu multivitamínico original

Portanto, precisamos refletir que faz muito mais sentido consumir o animal inteiro, em vez de só utilizarmos as carnes de músculos, pois só assim realmente conseguiremos todos os nutrientes que precisamos.

Não se trata de comer apenasbife, como no mundo moderno fazemos.

Na carne muscular existem nutrientes únicos, assim como nos ossos, medula óssea e nos tecidos gordurosos. Vísceras como fígado contém nutrientes exclusivos, da mesma forma que o tecido conjuntivo.

Ou seja, cada parte do animal fornece componentes que se complementam, criando realmente o multivitamínico mais completo que existe na face da terra.

Veja por exemplo: o fígado é riquíssimo em vitamina A, complexo B, astaxantina e zinco, que estão em concentrações bem maiores do que na carne de músculo.

Dos ossos, especialmente com os caldos de osso, você tem grande concentração de cálcio, iodo, fósforo, magnésio, alquilglicerol, condroitina e glucosamina, arginina, glicina, prolina e glutamina.

Na carne de músculo, há outros nutrientes que interagem com outras partes do animal, como o cobre, que compensa o zinco alto no fígado e as vitaminas do complexo B que estão mais baixas em outras partes. Metionina e glicina são encontradas na carne muscular em uma proporção de cerca de 2% de metionina e cerca de 7% a 8% de glicina.  

Por outro lado, no tecido conjuntivo você encontra cerca de 0,9% de metionina e cerca de 23% a 24% de glicina, o que não é surpreendente, porque o tecido conjuntivo consiste principalmente de colágeno.

E essa quantidade bem significativa de glicina para produzir colágeno se contrapõe à metionina, garantindo não só um aspecto mais rejuvenescido, mas, de acordo com os estudos, aumentando a longevidade.

Com isso, fica claro que há uma diferença significativa entre tecido conjuntivo (produtor de colágeno) e carne muscular. Portanto, aproveite os produtos de origem animal da melhor forma. Eles são nossos multivitamínicos naturais! Sua saúde agradece!

Referências bibliográficas:

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