O desejo por alimentos gordurosos está ligado à conexão intestino-cérebro

Sejamos sinceros! Embora existam diversas orientações sobre o que não é saudável consumir, existem também alimentos que são praticamente impossíveis de resistir. E há uma explicação científica para isso.

Em uma nova pesquisa, realizada no Instituto Zuckernam de Columbia, cientistas investigaram, a partir de estudos com camundongos, a origem dos desejos alimentares e descobriram uma conexão totalmente nova entre o intestino e o cérebro que impulsiona a vontade por consumir alimentos gordurosos.

Ao identificar esse sinal, o estudo levanta a possibilidade de interferir nessa conexão intestino-cérebro para nos ajudar a evitar fazer escolhas alimentares que são insalubres para a nossa saúde.

Segundo o PhD Charles Zuker, a pesquisa mostrou que a língua diz ao cérebro o que gostamos. Já o intestino diz a ele o que queremos e precisamos.

Como o organismo reage aos estímulos à gordura

Durante as pesquisas com os camundongos, os cientistas já acreditavam que a gordura poderia estar ativando os circuitos cerebrais específicos que conduzem a resposta comportamental dos animais à gordura.

Então, o próximo passo foi medir as atividades cerebrais desses animais enquanto eles recebiam gordura.

E qual foi o resultado?

Os neurônios no núcleo caudal do trato solitário (cNST) ficaram, digamos, animados! Além disso, neurônios no nervo vago, que liga o intestino ao cérebro também reagiam quando os camundongos tinham gordura no intestino.

Futuro promissor contra a obesidade

Infelizmente, o índice de pessoas obesas praticamente duplicou em todo o mundo da década de 80 para cá. Por isso, a busca por formas de combater a doença tem sido uma constante, especialmente pelo fato de que muitas pessoas perdem suas vidas por conta dessa condição ou acabam desenvolvendo doenças crônicas em razão dela.

Como disse Dr. Zuker, “o consumo excessivo de alimentos baratos e altamente processados, ricos em açúcar e gordura, está tendo um impacto devastador na saúde humana, especialmente entre pessoas de baixa renda e em comunidades negras”. Ele acrescentou ainda que “quanto melhor entendermos como esses alimentos sequestram a maquinaria biológica subjacente ao paladar e o eixo intestino-cérebro, mais oportunidades teremos de intervir”.

Vamos torcer para que essa alternativa comece a ser aplicada o mais rápido possível e, assim, termos uma chance bem relevante de combatermos a obesidade e melhorarmos o nível de saúde em todo o mundo!

Mas atenção…

É claro que nem toda gordura é igual. Nós não devemos cortar todas as gorduras da nossa dieta se quisermos ter uma vida saudável.

Por conta do medo do colesterol, nas últimas décadas houve o crescimento espantoso de uma verdadeira “gordurofobia”. As pessoas simplesmente resolveram excluir das suas dietas gorduras naturais – que na verdade são BOAS para a saúde. Essas não devem ser abandonadas jamais.

 As gorduras boas são aquelas naturais, como gorduras de animais criados a pasto ou peixes selvagens de águas frias e as gorduras vegetais, onde o azeite de oliva extravirgem e óleo de coco são as melhores opções.

As gorduras que precisam ser descartadas da nossa alimentação são aquelas refinadas, vendidas engarrafadas nos supermercados, como óleo de soja, canola e milho. Elas são pró-inflamatórias, e sabe-se que essa inflamação silenciosa é uma das principais causadoras das doenças do mundo moderno.

Então, até que os estudos sobre a relação do nosso desejo de consumir gorduras e a ligação intestino-cérebro estejam concluídos e aplicados em humanos, uma forma eficiente de consumir gordura é através de uma dieta similar a dos nossos antepassados.

Eles evoluíram caçando e se alimentando de gorduras naturais, que eram sua base energética. É a chamada dieta keto, que privilegia gorduras, proteínas em moderação, vegetais folhosos em abundância e carboidratos em menor quantidade possível.

E para sua alegria, aqui no site há diversos artigos sobre a dieta keto e trazendo dicas para que você otimize a sua alimentação. Clicando aqui você pode conferir uma lista deles e começar a se informar melhor sobre o assunto.

Supersaúde!

Referência bibliográfica

– Universidade Columbia. “Desejos por alimentos gordurosos relacionados à conexão intestino-cérebro: pesquisas com ratos revelam sensores de gordura nos intestinos que estimulam o cérebro e impulsionam os desejos alimentares”. ScienceDaily. ScienceDaily, 7 de setembro de 2022.

– Colesterol Alto? Cortar as Gorduras pode não ser uma Boa Ideia! – www.drrondo.com

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