Lembra Quando o Vinho era Bom?

Eu sei que isso pode te surpreender, pois tive a mesma sensação. Infelizmente por business, muitos produtores estão entrando em um caminho aonde o vinho deixa de ser saudável.

Mas lembre-se, com certeza ainda há produtores que continuam mantendo os princípios do vinho que nossos antepassados consumiam.

Da mesma forma que cada vez nos tornamos mais conscientes do que comemos, não é bizarro que não questionemos o que bebemos?

Assim como a comida dos nossos ancestrais era diferente da comida que temos hoje, o mesmo vale para o que bebemos.

Com certeza, a maioria de nós aprecia um vinho. Ele pode ser um companheiro relaxante no final de um longo dia, além de realçar sabores sutis em uma refeição.

E mais, traz profundidade à conversação e revigora a alma.

Temos ouvido com frequência, que o vinho em moderação pode ser bom para a sua saúde. Mas tenha consciência que nem todo vinho é produzido igual.

Os benefícios à saúde de um vinho dependem de “qual” você bebe. Veja o que pode estar no vinho que você está bebendo:

– Pesticidas

Para proteger suas plantações contra insetos e infecções, hoje é muito comum a maioria dos vinhedos ser pulverizado com pesticidas, herbicidas e fungicidas. O problema é que esses produtos químicos entram no solo, nas uvas e, finalmente, no vinho que você bebe.

Com certeza você se preocupa em não comer alimentos que não sejam orgânicos… Mas e os vinhos?

Para se produzir uma garrafa de vinho são necessárias de 600-800 uvas, que apresentam uma pele fina e porosa, permitindo absorção destes pesticidas.

– Aditivos químicos

Dependendo da legislação de cada país, é permitido uma quantidade em média de 76 aditivos diferentes no vinho, sem serem revelados.

Veja alguns exemplos:

  • agentes antiespumantes, amônia, sulfitos e etc.
  • bactérias e leveduras transgênicas.
  • mega roxo: corante artificial frequentemente usado em vinhos tinto de baixa qualidade.
  • frutose processada e/ou complementação com açúcar (os vinhos superdoces podem ter até 300 g por litro de açúcar).
  • e a lista vai por aí a fora…

Concentração de álcool elevada

Entre 1992 e 2018, segundo estatística, houve aumento da concentração de álcool de 12,7% para mais de 14%.

É importante lembrar que o álcool é tóxico, e dependendo da dosagem deixa de ter benefícios e só ficam os malefícios. Portanto, procure beber vinhos com baixo teor alcoólico.

Qual é a solução?

1. Para se consumir vinhos convencionais, procure produtos tradicionais renomados, aonde o risco é menor. Dê preferência à vinhos acima de R$80.

2. A outra opção:

  • vinhos naturais, orgânicos ou biodinâmicos

Nestes casos não se usam pesticidas, herbicidas ou outros produtos químicos.

A própria defesa da uva é feita pela casca da mesma, que para se proteger contra as pragas produz polifenóis.

E estes compostos naturais e coloridos contém flavonoides, antocianinas e o especialmente conhecido resveratrol, que promovem os melhores benefícios de saúde que o vinho pode lhe dar como:

  • Maior longevidade
  • Menor risco de acidente vascular cerebral isquêmico
  • Menor risco de diabetes tipo 2
  • Menor risco de doença cardiovascular
  • Melhor resposta imune

Mas, você só tem abundância desses polifenóis nesse tipo de vinho, pois nos produtos em que se usam pesticidas haverá pouquíssima produção de polifenóis para se protegerem.

Então, seja consciente nas suas escolhas! Muitas vezes, o barato pode sair caro para sua saúde. Um brinde!

Referências bibliográficas:

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