A gordura e o sal voltam ao prato

carne-vermelha

Chocolate escuro faz bem, novamente!
A carne seca também!
Sorvete feito com nata ou leite integral é ótimo!
A gordura e o sal não são os vilões que se imaginava!

Tudo isso graças aos estudos, que há anos vem comprovando essas injustiças e agora, após as últimas diretrizes alimentares apresentadas pelo governo americano, o colesterol na alimentação não tem limites, a gordura saturada natural é boa, e o sal não é tão vilão como se pensava…

Gordura e sal de volta: alimentos antes rejeitados ganham nova reputação

Pesquisas recentes sugerem que nem toda a gordura é prejudicial e contribui para o ganho de peso ou problema do coração. O mesmo vale para as comidas com alto teor de sal. Com essa nova realidade, as empresas estão se perguntando o que fazer para promover alguns alimentos. Enquanto isso, os obsoletos gurus da alimentação saudável se perguntam: o que deu errado?

A nova definição de saúde moderna é bem diferente da visão tradicional, que pregava que se reduzisse o consumo de gorduras e de sal, e muitos especialistas com os seus discursos ultrapassados demoram a assimilar a nova realidade. A própria Associação Americana do Coração, que defendia a margarina como boa para o coração e que recomenda ainda que se limite o consumo de gorduras saturadas, está ficando mais desacreditada.

Nos últimos anos, há uma avalanche de estudos que mostram que a gordura saturada não é nociva como se pensava. A carne seca, cada vez mais procurada como fonte de proteínas e tão condenada no passado, está se tornando mais popular a cada dia. As companhias estão reduzindo o teor de sódio de seus produtos, além de eliminar o glutamato monossódico e os nitratos.

As empresas de alimentação estão se aprimorando em oferecer o que o consumidor considera saudável e com teor nutricional aprimorado. A venda de produtos orgânicos tem crescido cada vez mais e mais… Hoje, o consumidor presta mais atenção aos ingredientes de cada produto, seu impacto ambiental e o bem estar dos animais.

Cuidado com os rótulos

Mas, lembre-se: até os alimentos saudáveis escondem algumas estratégias de marketing, mesmo que mínimas. Veja como muitos rótulos alimentícios são enganosos:

Produtos feitos com grãos integrais

Muitas vezes, eles são produzidos principalmente com farinha de trigo refinada, e o rótulo diz: “contém farinha de trigo integral”. Tudo bem que é verdade, existe farinha integral, mas em pequena quantidade. Fique atento!

Cheque também se o produto contém bromato de potássio, um condicionador de massa crua, geralmente escondido em alguns produtos de padaria e farinhas. Essa substância causa disfunção de tireoide. Até pães integrais podem contê-lo.

Ômega 3

Todos sabem da importância do ômega 3 para a sua saúde, mas isso não quer dizer que todo produto que valoriza essa palavra é uma fonte saudável dela. A maior parte do ômega 3 extraído do óleo de peixe está repleto de metais tóxicos, pois esses contaminantes tem afinidade por tecido gorduroso. Portanto, é importante que você sempre saiba a procedência do ômega 3 que consome, para evitar aqueles que podem estar contaminados com metais tóxicos.

Açúcar

Quando você quer evitar produtos com açúcar, o que faz? Procura nos ingredientes por “açúcar”, certo? Tome cuidado! O açúcar pode ter denominações diversas na lista de ingredientes, como xarope de milho rico em frutose ou concentrado de suco de uva branca, por exemplo.

Produtos orgânicos

Para serem orgânicos de verdade, os produtos devem ser endossados por certificadoras orgânicas que regulamcada propriedade rural, manuseio, forma de cultivo etc. As culturas não devem conter pesticidas sintéticos, transgênicos e fertilizantes a base de petróleo. Os animais criados em pecuária orgânica devem ser criados soltos, com acesso ao ar livre e não podem receber antibióticos ou hormônios do crescimento.

Então, qual é a solução?

Decifrar rótulos é um trabalho complexo. Minha sugestão é seguir essas simples dicas:

  • evite alimentos processados industrializados
  • coma alimentos integrais naturais
  • prepare suas refeições em casa

E supersaúde!

 

Referências bibliográficas:

  • The New York Times. 21/05/16
  • Folha de São Paulo. 21/05/16
  • Health.gov, Dietary Guidelines 2015
  • Reuters February 19, 2015
  • Time Magazine February 9, 2015
  • Scientific American February 9, 2015
  • BMJ 2010;340:c2451
  • Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics March 15, 2010
< Artigo AnteriorPróximo Artigo >