Estes são os Causadores Ocultos de Hipertensão

A incidência de hipertensão no mundo moderno é a segunda maior ameaça à saúde pública, tanto é que cerca de 1 a cada 4 adultos apresenta o problema.

Para piorar, muito destas pessoas tem a pressão alta mal controlada. Consequentemente há um aumento de risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e doença renal. 

Portanto, é importante entender a necessidade de certas mudanças no dia a dia, no estilo de vida e na forma de se alimentar para uma maior proteção destes riscos.

Hoje é sabido que a hipertensão tem um componente que não pode ser ignorado: trata-se da resistência à insulina

Conforme os níveis de insulina e leptina aumentam, em consequência de uma dieta rica em carboidratos, alimentos processados, açúcar, frutose e grãos, haverá elevação da pressão arterial.

Essa correlação é bem clara, segundo uma publicação na revista Diabetes, aonde quase dois terços dos indivíduos testados que eram resistentes à insulina apresentavam hipertensão arterial.

Além disso, há outro fator indireto gerado pelo excesso de insulina que também tem repercussão na hipertensão arterial.

A insulina, na sua metabolização, gera ácido úrico. Ou seja, insulina elevada vai consequentemente elevar o ácido úrico.

Causas de hipertensão

Cerca de 95% das causas de hipertensão são consideradas idiopáticas ou desconhecidas, entendidas como hipertensão essencial e possivelmente correlacionadas com a resistência à insulina, especialmente pela dieta do mundo moderno.

É por isso que as novas diretrizes de pressão sanguínea enfatizam que os pacientes pré-hipertensos devem ser encorajados a fazer mudanças alimentares e de estilo de vida sem necessidade de medicação. Em caso de não estarem respondendo, aí sim tratar com medicamentos para baixar a pressão.

Para as pessoas com pressão arterial igual ou superior 140/90 é recomendado o tratamento medicamentoso.      

Mas também nestes casos é importante uma dieta saudável, controle de peso e exercícios pelos seus benefícios potenciais.                    

Qual deve ser a sua meta de insulina de jejum?

Além de acompanhar a sua pressão arterial, é aconselhável testes periódicos do nível de insulina de jejum e ácido úrico, pois como já foi abordado, eles caminham em paralelo.

Procure manter a sua insulina de jejum em valores ideais de até 3 mU/L, e como limite aceitável de até 5 mU/L.

Entenda que o nível de insulina “normal” em jejum, segundo os exames laboratoriais, varia entre 5 e 25 mU/L.

NÃO cometa o erro de pensar que esses valores de insulina “normal” equivalem ao ideal.

Ácido úrico

Para você ter sucesso no controle da pressão alta sem medicações, é necessário que reduza os seus níveis de ácido úrico.

Tanto a insulina como a frutose também elevam o ácido úrico, o que consequentemente eleva a pressão arterial, inibindo o óxido nítrico nos vasos sanguíneos.

Com isso, haverá uma redução da elasticidade e complacência das artérias, promovendo aumento da pressão sanguínea.

Hoje temos a consciência de que o ácido úrico elevado pode ser o preditor da gota, cirrose hepática não alcoólica, diabetes, doença cardiovascular, renal e obesidade.      

Dados revelam que o ácido úrico tem se elevado entre a população desde a primeira metade do século 20. Para se ter uma ideia, em 1920, a média do ácido úrico era de aproximadamente 3,5 mg/dl. Já em 1980 o nível subiu para 6 a 6,5 mg/dl e certamente é muito maior hoje.

E para medir essa taxa existem testes simples e baratos que devem fazer parte do seu check up de rotina. Para os homens, o nível ideal é de até 4 mg/dl, e para as mulheres é de até 3 mg/dl.

Para melhorar esses valores, reduza ao máximo todos os carboidratos refinados, industrializados, grãos e açúcares, particularmente a frutose. E consuma frutas com bastante moderação. Estes fatores estimulam a produção de ácido úrico, que eleva consequentemente a redução do óxido nítrico, aumentando a pressão arterial.

Hipertensão e vitamina D

A deficiência de vitamina D, associada ao consumo de gordura trans, pode levar a aterosclerose (artérias rígidas), e segundo pesquisadores noruegueses essa condição é um fator determinante para a hipertensão arterial.

Há 5 fatores que influem na hipertensão:

1. Perda de sensibilidade dos barorreceptores. A rigidez arterial é uma condição que deve ser valorizada e corrigida terapeuticamente, pois conforme o sangue passa pelas artérias, em especial as células da parede da aorta, há sinalizadores (barorreceptores) indicando a carga de pressão que envia mensagem para o sistema nervoso aumentar ou diminuir a pressão.

E conforme aumenta a rigidez arterial, menos sensíveis serão os seus barorreceptores, comprometendo o envio das mensagens apropriadas ao sistema nervoso.

A deficiência de vitamina D, segundo estudos, traz comprometimento vascular, como nos casos de diabetes e hipertensão.        

2. Exposição ao sol. Isso induz seu corpo produzir vitamina D. Na sua falta, caem os níveis dessa vitamina, o que consequentemente aumenta a produção de hormônio paratireóideo, que eleva a pressão sanguínea.

3. Óxido nítrico. A exposição ao sol aumenta a vitamina D e o nível de óxido nítrico na pele. Isso promove dilatação das artérias e consequentemente redução da pressão arterial.          

4. Resistência à insulina. A carência de vitamina D promove resistência à insulina e piora a síndrome metabólica, consequentemente haverá elevação de colesterol e triglicérides, obesidade e pressão alta.

5. Ativação inadequada do sistema renina-angiotensina. A vitamina D é um inibidor do sistema (renina-angiotensina) que regula a pressão arterial, e sua deficiência promove respostas inadequadas elevando a pressão.       

Portanto, procure fazer exposição ao sol de forma consciente e/ou suplemente a vitamina D.

Segundo pesquisas, os adultos precisam de 4.000 a 8.000 IUs por dia. Lembre-se que ao suplementar com vitamina D3, você deve associar vitamina K2, magnésio e cálcio, que funcionam sinergicamente, ativando a proteína Matrix GLA (MGP), que se reúne em torno das fibras elásticas do revestimento arterial, protegendo-as contra o endurecimento das artérias.

Os valores ótimos de vitamina D devem estar acima de 80 ng/ml.

E procure fazer exames de controle para evitar níveis tóxicos.

Agora que você já sabe dos fatores ocultos capazes de serem os responsáveis pela sua elevação de pressão arterial, é hora de adotar novas medidas!

Vamos lá?

Referências bibliográficas:

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