Escorbuto: A Doença dos Piratas da Antiguidade está Voltando!

Essa é uma condição na qual mal se falava na época da faculdade de medicina, pois era tão incomum… Mas, incrivelmente, ela voltou a aparecer com alta intensidade nos últimos anos: o escorbuto.

Trata-se de uma doença com uma longa lista de sintomas, muito frequentes no mundo moderno. Mas ninguém se lembra da correlação entre eles. São:

  • fadiga esmagadora
  • depressão
  • confusão
  • falta de ar
  • erupções cutâneas
  • dores de cabeça e articulares

E em casos graves, pode evoluir para:

  • anemia
  • sangramento nas gengivas
  • hematomas e bolhas no sangue
  • inchaço
  • úlceras em grande escala
  • até mesmo a morte.

Acreditava-se que o escorbuto desapareceu com os piratas do início do século XVIII. Era frequente os marinheiros sofrerem desse problema, já que muitas vezes ficavam sem frutas e vegetais por longos períodos entre os portos de escala, desenvolvendo severa deficiência de vitamina C.

Agora esse problema está surgindo nos Estados Unidos aonde, segundo um estudo, quase metade dos americanos está deficientes em vitamina C e cerca de 8% da população já mostra sinais de escorbuto.

E como pode estar ocorrendo isso?

A resposta é simples: a comida sem nutrição de hoje.

Antigamente, costumávamos obter diariamente dosagens adequadas de vitamina C do nosso meio ambiente.

Na verdade, ao contrário da maioria dos mamíferos que podem produzir sua própria vitamina C, nós, humanos, somos totalmente dependentes da dieta para obter o suficiente deste nutriente salva-vidas.

Não era um problema para nossos ancestrais, que recebiam vitamina C suficiente de frutas frescas, vegetais e até mesmo da caça selvagem e frutos do mar.

Porém, hoje, nossa dieta é desprovida de vitaminas vitais, incluindo a C. E isso torna quase impossível conseguirmos o necessário para termos saúde.

Mesmo que você consuma bastante alimentos teoricamente ricos em vitamina C diariamente, estes não são tão nutritivos como antigamente.

Pense sobre isso…

Se os humanos produzissem sua própria vitamina C, algo que faziam até apresentarem uma alteração genética na era glacial,  certamente manteriam o escorbuto e toda uma lista de outras doenças à distância.

Veja como a vitamina C pode ajudá-lo:

  • aumenta a imunidade
  • evita doenças cardíacas
  • reduz risco de degeneração macular
  • melhora cicatrização de feridas
  • reduz a pressão arterial
  • aumenta defesa contra certos tipos de câncer
  • reduz a inflamação

Maneiras de aumentar sua vitamina C

  1. Suplemento de vitamina C. A maioria dos estudos recomenda cerca de 4 g, uma a duas vezes ao dia, que pode ser aumentado em situações de estresse ou doença. Deve-se tomar cuidado com a forma em pó, pois esta pode comprometer o esmalte do dente, portanto, dê preferência para cápsulas. O Professor Linus Pauling tomava 18 g por dia.
  2. Camu Camu (Myrciaria dubia). Uma superfruta da Amazônia, 60 vezes mais rica em vitamina C do que a laranja. Contém de 1,882 a 2,280 miligramas por 100 gramas de frutas frescas.
  3. Acerola (Malpighiae marginata). É a segunda fruta mais rica em vitamina C, que contêm cerca de 1.680 mg por 100 gramas.
  4. Kiwi. Outra fruta conhecida por seu teor de vitamina C, contém cerca de 93 mg por 100 gramas
  5. Goiaba. Essa fruta tropical originada no México central tem 228 mg de vitamina C por porção. Mas não se esqueça de também comer a casca. Assim como a maçã, a maior concentração da vitamina está em sua pele.
  6. Laranjas, Limão e Morangos. Contém cerca de 60 mg de vitamina C por 100 gramas.
  7. Goji Berry (Lycium barbarum). Fruta típica do nordeste chinês e regiões do Himalaia. Sua ação é baseada no potencial antioxidante medido pelo valor do ORAC (Oxygen Radical Absorsance Capacity), que é um método desenvolvido por cientistas do National Instituteof Health para mensurar a capacidade antioxidante de diferentes alimentos e suplementos. Chega a ter 500 vezes mais vitamina C do que a laranja.
  8. Pimentões vermelhos e verdes. Contém mais que o triplo de vitamina C que uma laranja, 198 mg por 100 gramas.

Referências bibliográficas:

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