Entenda porque Angelina Jolie fez a chamada mastectomia preventiva

Seria um falso senso de segurança?

Saiba mais sobre o teste genético para câncer de mama e mastectomia radical

Você deve ter ouvido falar sobre a decisão da atriz Angelina Jolie de se submeter a um procedimento que chamamos de mastectomia radical. Essa foi a maior atitude preventiva tomada por uma mulher com predisposição genética ao câncer de mama nos últimos tempos.

Apesar da atriz ter admitido que essa foi uma decisão pessoal, esse impacto para o público pode ser bem significante por se tratar de uma celebridade influente em todo o mundo.

A decisão de Jolie se baseou no fato de sua mãe ter falecido de câncer ovariano aos 56 anos e a atriz carregar essa mutação genética hereditária, associada com câncer de ovário e mama.

Mulheres com susceptibilidade de defeito genético (BRCA) como nesse caso, tem de 45% a 65% de aumento de risco de câncer de mama, sendo que somente cerca de 2% do câncer de mama diagnosticados são causados por defeitos de BRCA.

É importante entender que enquanto você pode ter um gene defectivo, isso não significa que ele vai se expressar. Há muitas alternativas que reduzem dramaticamente o seu risco de câncer através de atitudes de estilo de vida que você deve adotar. Em outras palavras, ter o defeito BRCA não significa automaticamente uma sentença de morte.

Portanto, esse defeito genético não é o maior colaborador do câncer de mama. Claramente, há diversos outros fatores não genéticos que desempenham papel mais importante.

Além disso, essa história pessoal de Angelina Jolie é completamente irrelevante para 99% de todas as mulheres, porque elas simplesmente não têm as mutações BRCA.

Há diversas atitudes que você pode adotar para reduzir dramaticamente o seu risco de câncer através de mudanças de estilo de vida, o que tem profundo impacto na sua expressão genética.

Epigenética: A resposta para os que procuram a prevenção contra o câncer

A ciência fez cair por terra o dogma da biologia molecular, onde o Determinismo (ciência que diz que os seus genes controlam a sua saúde) é falso. Na verdade, você tem um controle tremendo em como a sua genética se manifesta, seja pelas mudanças do seu pensamento, da sua alimentação e ou ainda do seu ambiente.

Os trabalhos feitos pelo doutor Bruce Lipton e outros pesquisadores epigenéticos, mostram que “sinalizadores ambientais” também incluem pensamentos e emoções. Ambos têm demonstrado afetar diretamente a expressão do DNA.

Contrário ao pensamento Newtoniano que acreditava que o seu corpo fosse uma máquina biológica, a ciência epigenética revela que você é a extensão do seu ambiente e que inclui tudo, desde seus pensamentos e crenças, a exposições tóxicas, exposições a luz solar, exercício e, é claro, tudo que escolhe para colocar dentro ou fora do seu corpo.

A epigenética acaba com a ideia de que você é vítima dos seus genes, e mostra que você tem um poder tremendo em moldar e direcionar a sua saúde física.

Estratégias para prevenção do câncer de mama

É importante entender que apesar de você ouvir de muitos médicos bem intencionados e até mesmo da mídia, que querem convencê-la do valor do mapeamento e da blindagem do câncer, isso não é o mesmo que prevenção. Sabemos que quanto antes se detecta a doença, melhor, porém, o modo de fazer isso com exames e métodos mapeadores populares tem causado mais malefícios do que benefícios.

Em termos de testes genéticos, pergunte a você mesma o que deseja fazer com essa informação. Mas, lembre-se que o que não pode deixar de fazer é uma prevenção real de modo sério. Tendo ou não mutações você precisa ter em mente que fatores ambientais são mais importantes como geradores de risco. Lembre-se também que a porcentagem de câncer de mama diagnosticado que tem gene modificado é muito pequena.

Na maior pesquisa americana sobre estilo de vida e câncer de mama, o The American Institute of Cancer Research, estimou que cerca de 40% dos cânceres de mama poderia ter sido prevenido se as pessoas tivessem feito mudanças nos seus estilos de vida.

Veja as recomendações abaixo que acredito que possam lhe proteger em bem mais do que esses 40%, mas sim em cerca de 90%.

  • Evite açúcar e frutose: Todas as formas de açúcar alimentam o câncer e a frutose é a mais lesiva de todas.
  • Melhore os níveis de vitamina D: A vitamina D é um dos mais potentes destruidores de câncer, pois induz a apoptose destas células. Pode ser usada em associação a qualquer tratamento de câncer, pois age sinergicamente. Nestes casos, você deve manter os seus níveis entre 80 ng/ml e 100 ng/ml sem efeitos colaterais. Nesses casos, aconselho usar também um suplemento de vitamina K2, pois a vitamina D precisa dessa outra vitamina para sua melhor ação.
  • Vitamina A: Os estudos mostram que a vitamina A age no combate ao câncer de mama. Você pode usá-lo através um suplemento ou mesmo da alimentação. Suas fontes são: a gema do ovo, manteiga, leite, carne vermelha e frango. Lembre-se sempre de usar esses produtos de animais criados soltos, não confinados.
  • Massagem linfática nos seios: Estimula a habilidade natural de eliminar toxinas cancerosas. Isso deve ser feito por um fisioterapeuta formado.
  • Evite carne muito passada ou carne grelhada, que está ligada ao aumento do risco de câncer de mama pela geração de acrilamida, um agente cancerígeno.
  • Evite produtos de soja não fermentados: Por serem ricos em fitoestrogênio, podem promover a proliferação de células na mama, o que aumenta a chance de mutação e formação de células cancerosas.
  • Melhore a sensibilidade à insulina evitando açúcar e grãos.
  • Mantenha o peso adequado: É importante não ter excesso de gordura, pois essa gordura estimula a produção de estrógeno.
  • Consuma ômega 3 de origem animal, um potente protetor contra o câncer.
  • Consuma gordura saturada boa: (óleo de coco, carne vermelha, manteiga, ovos) por efeito protetor contra o câncer.
  • Turmeric, tem se mostrado muito útil no tratamento adjunto de câncer de mama e na prevenção de metástases.
  • Limite o consumo de álcool.
  • Evite sutiã com aro metálico: O metal presente pode potencializar o risco de câncer de mama.
  • Amamente por quatro ou seis meses: As pesquisas mostram que isso reduz o seu risco de câncer de mama.
  • Evite reposição hormonal sintética: Lembre-se que câncer de mama está relacionado com o estrógeno. Segundo o Journal of the National Câncer Institute, as taxas de câncer de mama caíram com a diminuição do uso de terapia de reposição hormonal.

Caso tenha excesso de sintomas, considere a reposição hormonal bioidêntica, que é uma alternativa mais segura, pois usa moléculas idênticas às produzidas no seu corpo.

– Evite BPA, fitalatos e outros xenoestrogênios, pois estão ligados com maior risco de câncer de mama.

– Evite campos eletromagnéticos: Até cobertores elétricos podem aumentar o risco de câncer.


Referências Bibliográficas:

  • Wake Up World March 26, 2012
  • Epigenetic’ concepts offer new approach to degenerative disease, Eurekalert April 28, 2010
  • Epigenetic Therapy, NOVA, October 16, 2007
  • New York Times May 14, 2013
  • European Journal of Cancer Prevention 2002 Jun;11(3):307-11
  • Science News March 12, 2011
  • American Institute for Cancer Research, Press Release September 1, 2009
  • American Institute for Cancer Research, Food, Nutrition, Physical Activity, and the Prevention of Cancer: a Global Perspective (PDF)
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