É preciso tomar vitaminas?

Dados levantados por pesquisas alimentares apontam que uma proporção considerável da população dos países desenvolvidos tem apresentado um padrão biológico bastante deficiente em vitaminas e minerais.

Essa deficiência pode trazer alguns danos, ainda que em médio prazo, para a saúde. Entre os problemas causados está o cansaço endêmico, perturbações do sono, comportamento irritadiço, unhas quebradiças, cabelos fragilizados e pele flácida. Tais sintomas estão relacionados ao que chamamos de desequilíbrio nutricional subclínico.

Sendo assim, essa condição vem responder positivamente ao questionamento feito já no título deste material. Sim, é preciso tomar vitaminas. E vou te explicar o porquê.

A suplementação de vitaminas e minerais se faz necessária não só para a reposição nutricional, mas, sobretudo para aumentar a defesa antioxidante contra os radicais livres. Esses radicais são os verdadeiros predadores moleculares que se formam em microssegundos no metabolismo do oxigênio sendo capazes de destruir as estruturas moleculares mais próximas (membrana celular, mitocôndria, núcleo etc.). Isso provoca desde o envelhecimento precoce até dezenas de doenças comprovadamente relacionadas a esses maléficos radicais.

O que mais me causa espanto hoje em dia é o fato de alguns profissionais de saúde recomendar que as pessoas evitem suplementos de vitaminas e minerais. Eles dizem que a suplementação é desnecessária, pois podemos encontrar tudo o que precisamos em nossa dieta. Eu discordo totalmente. Particularmente, eu faço uso do meu coquetel de antioxidantes e também o recomendo para os meus pacientes. Eu tenho consciência plena de que se não fizer isso o organismo será lesado pela excessiva produção de radicais livres, inclusive pelo fato de que eles acabam sendo gerados pelo cigarro, poluição ambiental, estresse emocional, refeições pesadas entre outros fatores.

Essa conclusão está firmemente evidenciada nas últimas pesquisas científicas, que mostram importantes benefícios trazidos para a sua saúde através da suplementação com determinados antioxidantes. Vai aqui uma lista com alguns destes benefícios:

  • Aumento de proteção contra algumas formas de câncer;
  • Melhora nas defesas contra doenças cardiovasculares, como aterosclerose, infarto e derrame;
  • Prevenção de catarata;
  • Retardamento do envelhecimento;
  • Fortalecimento do sistema imunológico;
  • Diminuição do risco de doença degenerativa;
  • Melhora da qualidade da pele, tornando-a mais macia, menos ressecada e enrugada;
  • Proteção contra os ataques dos radicais livres às moléculas de DNA e genes determinantes da longevidade.

As pesquisas mostram ainda que para termos uma forte proteção contra os radicais livres são necessárias dosagens muito maiores de antioxidante do que se recomenda oficialmente como necessidade diária. Veja estes exemplos:

  • Para se conseguir uma dieta com aproximadamente 1.000mg de vitamina C, é necessário o consumo diário de 15 laranjas.
  • Em relação à vitamina E, para se receber cerca de 400UI, devemos consumir diariamente dois copos de amêndoas, ou cerca de sete copos de amendoim, ou ainda um copo de sementes de girassol. Acontece que a quantidade de calorias seria enorme e certamente ganharíamos peso.
  • Quanto ao betacaroteno, seria necessário o consumo diário de pelo menos três cenouras para conseguirmos de 25.000UI a 50.000UI de betacaroteno.

Por isso, a única solução é ter seu próprio coquetel de antioxidante ajustado à sua idade e atividade. Estou convencido de que um sério programa antioxidante aumenta as defesas contra os radicais livres, protegendo a pessoa de muitos problemas de saúde.

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Referências Bibliográficas:

            – Livro Prevenção: A Medicina do Século XXI. Editora Gaia. 2000

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