Existem dois tipos de colesterol LDL, mas só um deles é ruim. Descubra agora como identificá-lo.

O colesterol LDL foi descoberto no ano de 1970. A partir de então, observou-se que o aumento deste colesterol estava ligado ao surgimento de doenças cardiovasculares, o que fez com que a medicina e a nutrição voltassem seus esforços em medidas para reduzir o índice do LDL.

Uma das peças cruciais desse quebra-cabeça acabou não sendo reconhecida naquela época. Naquele momento não se visualizava o fato de existirem dois tipos de colesterol LDL, considerados como Padrão A e Padrão B. Vejamos algumas diferenças importantes entre eles:

  1. O Padrão A não causa a formação de placas nas artérias, portanto, é inofensivo;
  2. O Padrão B pode aderir nas paredes das artérias estimulando a formação de placa. Logo, este padrão é o vilão.

Infelizmente, quando fazemos o nosso exame de sangue de rotina, o colesterol medido é o resultado de uma combinação entre esses dois padrões. Para decifrar qual é a produção de cada tipo de LDL, você pode olhar o seu triglicérides e o HDL colesterol (conhecido como o bom colesterol).

Veja um modo simples de saber se você tem muito LDL colesterol:

  1. Se o seu triglicérides é baixo e o seu HDL é alto, então o seu LDL é do tipo bom.
  2. Se o seu triglicérides é alto e o seu HDL é baixo, então o seu LDL é do tipo ruim. A relação triglicérides / HDL é de longe o melhor preditor de doença cardiovascular do que a relação mais analisada como colesterol / HDL.
  3. A relação triglicerides / HDL colesterol deve ser abaixo de 1,7, e valores acima disso, significa risco aumentado.

Agora é importante que você saiba que a gordura da alimentação aumenta o seu bom LDL colesterol, enquanto o açúcar da alimentação aumenta o seu LDL ruim, que está correlacionado com a doença cardiovascular.

Então, o que aconteceu nos últimos 30 anos com essa quantidade toda de açúcar e frutose sendo adicionados aos alimentos para criar um paladar low fat? Criou-se a alimentação de alto risco, simplesmente a pior combinação possível para a sua saúde. E as fibras? As fibras foram eliminadas!

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Referências Bibliográficas:

  • American Heart Association January 23, 2008
  • The Journal of Clinical Investigation December 2007; 117(12):3940-51
  • Journal of the American College of Cardiology July 31, 2007; 50:409 418

Annals of Internal Medicine October 3, 2006; 145(7): 520-530

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