Dieta carnívora: a salvação da saúde

Nos últimos anos, muitas pessoas começaram a adotar a dieta carnívora – em termos de pesquisa na internet, esta dieta está sendo tão procurada quanto a dieta vegana.

Existem diversos estudos que avaliam essa dieta, sendo que todos eles mostram resultados positivos. E não há nenhum estudo que aponte algo negativo.

A dieta carnívora – ou dieta exclusiva de carne vermelha – pode ser extremamente benéfica, especialmente para aqueles que estejam com doenças autoimune, doença de Chrohn, colite ulcerativa, dores crônicas e até problemas mentais.

Ela pode ser usada também como detox, por 1 dia ou 2 dias, bem como por períodos mais longos. Mas, particularmente, entendo que um período restrito seja o ideal.

 

O que é a dieta carnívora?

A dieta carnívora é algo muito simples – o que é um grande apelo de adesão. Basicamente, ela consiste em você comer carne e não ingerir nenhum vegetal (legumes e verduras).

Pode parecer estranho, eu concordo, ainda mais considerando que a maioria das pessoas nunca pensaram em fazê-la.

Mas, apesar de controversa, essa dieta tem mostrado grandes benefícios para a saúde.

Ela vem sendo indicada como detox, pois evita o consumo de plantas que, comumente, podem induzir inflamação do trato digestivo, como é o caso das fibras, lectinas, grãos, legumes, açúcar e sementes de óleos. Com isso, há uma remoção das fontes de oxalatos e lectina encontradas em muitos vegetais.

O motivo é que esses elementos produzidos pelas plantas são toxinas que elas utilizam como defesa de predadores, tais como insetos, lagartas, pássaros, etc. Para nós humanos, elas podem causar inflamação e diversas condições de saúde, como dores crônicas e doenças autoimune.

 

O que comer na dieta carnívora?

Dieta carnívora é simples de comer:

– Foco em carne vermelha e limitada quantidade de frango e suíno, pois estes últimos são ricos em ômega 6 (ácido linoleico) que é altamente deletério para a saúde.

– Alimento marinho: peixes, frutos do mar, camarão e lagosta.

– Alimento animal: ovos, caldo de osso e gordura animal.

– Gordura saturada (são saudáveis e devem ser usados): óleo de coco e palma, óleo de abacate, banha de porco e manteiga.

Estas três categorias são a base consistente para absorver os nutrientes que você precisa.

 

Alimentos aceitáveis, mas que não são totalmente carnívoros:

– Laticínios: leite, queijo, manteiga e creme de leite

– Mel: como o mel provém das abelhas, que é animal, então é tecnicamente aceitável.

– Pode-se usar sal, pimenta, ervas e temperos no preparo dos alimentos.

 

Evitar: café, chá, álcool, pois estes são oriundos de plantas.

 

Prós da dieta carnívora

  1. Nutrientes animais são mais biodisponíveis, enquanto os nutrientes de plantas dependem do processo de conversão antes de serem utilizados pelos humanos. Saiba que não são todos os nutrientes que têm a mesma capacidade de conversão.

Exemplo:

– Retinol: é a forma animal da vitamina A que, de longe, é mais efetiva que o betacaroteno, de origem vegetal.

– O ômega 3 da carne de animal a pasto e de frutos do mar são mais efetivas que o ômega 3 derivado de sementes, os quais precisam ser convertidos na “forma animal”.

 

  1. Alimento animal contém nutrientes únicos que não podem ser encontrados em plantas, somente sendo possível com o consumo de carne vermelha:
  • Creatina
  • Carnosina
  • Taurina
  • Vitamina B12

 

  1. Proteína animal não tem toxinas. Pelo fato de animais poderem correr, eles têm como fugir, não necessitando dispor de químicos de defesa que as plantas usam para afastar predadores.

Como as plantas não se movem, elas precisam desses químicos para irritar o trato digestivo e intoxicar os animais que as consomem. E mais, a proteína animal não contém compostos problemáticos como fitatos, lectinas, glúten e oxalatos.

 

  1. Consumir carne nos tornam mais humanos.

Quando os humanos passaram a consumir carne vermelha, o seu cérebro triplicou de tamanho, tornando-se o topo da cadeia alimentar, com recursos que todos os outros animais não dispõem.

 

Contra a dieta carnívora

1 – Não contém fibras? Essa alegação não procede, pois fibras animais existem na forma de cartilagem e tecido conectivo, que fornecem fibras prebióticas úteis para o sistema digestivo e efeito metabólico.

2 – Deficiência de micronutrientes: Enquanto a carne é o melhor modo de absorver vitaminas do complexo B e outros nutrientes únicos, as plantas são a fonte primária de folato, magnésio, potássio e vitamina C na dieta.

Porém, há fontes de folato na carne vermelha, como no consumo de fígado e gema de ovo. Já o magnésio, é encontrado em peixes como abalone e o bacalhau. Frutos do mar e ovas de peixe também são boas fontes.

Carne é uma fonte de potássio, mas lembre-se de consumir todo o sumo da carne, o que significa consumi-la mal passada.

Os carnívoros conseguem vitamina C em dosagem adequada, o que evita o escorbuto. Por isso, consuma vísceras (fígado e rim, especialmente) para obter vitamina C.

Se você não consome laticínios ou peixes com espinhas pequenas, aí sim haverá risco de deficiência de cálcio. Neste caso, precisa suplementar.

3 – Vegetais: Considere suplementá-los caso não consiga viver sem eles. Entenda que vegetais não são requerimentos básicos para sobrevivência, como a carne e a gordura animal.

 

Dieta carnívora funciona?

As evidências mostram que sim, apesar de parecer uma dieta extrema. Porém, se você não consegue ficar sem vegetais, use-os com o objetivo terapêutico, em pequena quantidade.

Consumir só carne não vai mata-lo e, possivelmente, o tornará mais forte.

Se você não quer desenvolver diabetes, câncer de cólon, doença cardíaca ou se tornar obeso, esta pode ser a solução.

Mas volto a dizer, entendo que o ideal é fazê-la por 1 ou 2 dias e voltar ao normal, ou ainda seguir até 30 a 90 dias nesse programa detox de pesticidas e glifosato, fundamentais, se você procurar supersaúde.

Porém, se ficar na dieta carnívora, deve sim, consumir todas as partes do animal, e não só músculos pobres em gordura. Aí sim você terá eficiência contra doenças autoimunes, distúrbios intestinais, obesidade ou outra dieta que não funciona para você.

Concluindo, entenda que a dieta carnívora cíclica, alternada com dieta cetogênica, é a melhor opção para a sua supersaúde!

E você vai experimentar? Me conte os seus resultados.

 

Referências bibliográficas:

– The Carnivore Diet. Shawn Baker. November 19, 2019

– The Carnivore Code: Unlocking the Secrets to Optimal Health by Returning to Our Ancestral Diet Paperback. Paul Saladino. August 4, 2020

– Carnivore Cure: The Ultimate Elimination Diet to Attain Optimal Health and Heal Your Body Paperback. Judy Cho. December 2, 2020

– Sinal Verde para a Carne Vermelha. Dr. Wilson Rondó Jr.  2011

www.drrondo.com/comprovado-a-gordura-saturada-da-carne-vermelha-nao-faz-mal/

www.drrondo.com/entenda-de-uma-vez-por-todas-gordura-saturada-e-boa-para-voce/

www.drrondo.com/gordura-saturada-aumenta-colesterol-confusao-persiste/

www.drrondo.com/reabilitar-a-gordura-saturada-natural-como-a-do-oleo-de-coco-manteiga-leite-e-carne-vermelha-e-um-salto-de-qualidade-para-dias-melhores/

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