Conheça os riscos da contaminação por arsênico

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O arsênico é uma substância que está presente naturalmente no solo, água e no ar. Porém, a contaminação do solo ocorre por poluição industrial e uso de pesticidas. Para entender melhor, é importante observar-se que há 2 tipos: orgânico e inorgânico.

Arsênico inorgânico na água

O arsênico orgânico está presente em água contaminada pela poluição industrial. Está correlacionado com reações adversas no corpo, como lesões específicas de pele. É um potente carcinogênico relacionado com um crescente número de tipos de câncer, como de bexiga, pulmão, rins e pele.

O inorgânico é bem mais perigoso que o tipo orgânico. Embora esteja naturalmente no subsolo, a contaminação da água potável acontece por causa do uso de fluoreto. É isso que causa a contaminação com arsênico tóxico.

O limite de arsênico na água potável é 10 ppb para prevenção do risco de câncer. Estima-se que mudando o tipo de flúor para o usado na indústria farmacêutica, no caso, o fluoreto de sódio, haveria uma redução de quase 100% da contaminação do arsênico inorgânico na água.

Vinho contaminado

Essa contaminação não fica só na água, mas também no vinho. Segundo testes realizados, encontrou-se concentração de arsênico até 5 vezes acima da quantidade máxima aceita pela Agência de Proteção Ambiental Americana para a água potável.

É claro que os vinhos contaminados eram os mais simples, baratos. De acordo com a pesquisa, quanto mais barato, maior a concentração de arsênico no vinho.

Mas não estão em risco só os indivíduos que consomem água ou vinho. Também foram encontrados valores acima do permitido nos sucos de maçã e na cerveja, segundo estudos do FDA.

Os perigos do arsênico

Arsênico, além de cancerígeno (pulmão, pele, vesícula e rins), está ligado com:

  • lesão renal;
  • lesão de pele;
  • fraqueza;
  • dor de cabeça;
  • aumento de risco de diabetes;
  • redução de QI em crianças;
  • anemia;
  • na gestação, aumento de risco de prematuros, bebês de baixo peso e mortalidade infantil.

As maiores concentrações dessa substância nos alimentos estão em frutos do mar, arroz (e outros produtos derivados do arroz), cogumelos e aves. O arroz é uma preocupação em especial, porque é um componente importante na alimentação da maior parte do planeta. Além disso, é muito comum em cereais consumidos por crianças.

Quase todos os produtos de arroz contém arsênico, apesar desse nível variar bastante. Pelas suas condições de crescimento e fisiologia, o arroz chega a ter cerca de 10 vezes mais arsênico do que outros grãos. Segundo estudos, a concentração normalmente excede 100 partes por bilhão em arroz, farinha de arroz, bolachas, pasta e cereais matinais.

No leite de arroz, a essa concentração normalmente passa 10 partes por bilhão, a quantidade máxima permitida na água potável. Os sintomas crônicos de exposição à substância são facilmente desprezados ou mal diagnosticados como:

  • problemas gastrointestinais;
  • fadiga crônica;
  • descoloração de pele.

Exposição de longo prazo ao arsênico aumenta os riscos de:

  • diabetes;
  • câncer;
  • hipertensão arterial;
  • problemas reprodutivos.

Se você acredita que pode estar com excesso de arsênico no organismo, converse com seu médico. Aconselho que faça um Perfil de Metais Tóxicos para determinar o grau de concentração (veja aqui um texto sobre este exame).

Para solucionar o problema, além de evitar as fontes conhecidas de contaminação, você pode também instalar um filtro de osmose reversa na sua casa para melhorar a qualidade da água. Fale com seu médico sobre a possibilidade de desintoxicação de metais tóxicos, se for o caso. Supersaúde!

Referências bibliográficas:

  • Environmental Health Perspectives 2006:114:1293–1296
  • Environmental Health Perspectives. 2007;115(6):A296.
  • Cell Metab. 2012 May 2;15(5):675-90.
  • Live Science July 29, 2013
  • CBS News March 19, 2015
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