Como o Estudo pode Proteger a Memória no Futuro

Se você sente que a idade está chegando, tenho certeza de que já se preocupou com algo que afeta muita gente: a perda de memória. Mesmo as pessoas mais jovens se preocupam com isso, pois elas sabem que mais dia menos dia chegarão lá. Elas não querem perder suas lembranças preciosas de uma vida inteira, e estão completamente certas!

Nesse contexto, são as demências que mais assustam as pessoas. Nos estágios finais, elas retiram a independência do indivíduo, mas antes disso já afetam a memória.

Não é à toa que a Doença de Alzheimer, apesar de relativamente nova, se tornou a condição de saúde que mais atemoriza as pessoas em todo o mundo. Saiba que ela começa muito antes dos primeiros sintomas aparecerem, e é por isso que sempre se deve pensar em prevenção.

No que diz respeito à perda de memória, recentemente uma pesquisa feita nos Estados Unidos parece ter encontrado mais um fator protetor. E essa boa notícia é especial principalmente para as mulheres.

Estudo e perda de memória

Pesquisadores da Georgetown University Medical Center avaliaram mais de 700 idosos com idades entre 58 e 98 anos. Eles fizeram testes sobre sua memória declarativa, ou seja, aquela relativa às lembranças sobre fatos, palavras e eventos.

Os voluntários foram expostos a desenhos de certos objetos, e depois de alguns minutos, foram testados para saber como se lembravam deles. O resultado mostrou algo esperado: quanto mais idosos, mais dificuldade eles tinham em se lembrar do desenho e seus detalhes.

Mas outra descoberta chamou atenção. Participantes que tiveram mais anos de educação infantil apresentavam resultados melhores do que os que tinham estudado menos quando crianças.

Veja como a questão está toda ligada a uma prevenção que começa muitos, muitos anos antes. Quem poderia imaginar que o que se aprende na infância protegeria a memória depois de décadas de vida. É realmente fantástico!

Mulheres tiveram melhores resultados

A pesquisa analisou homens e mulheres, mas elas se saíram bem melhor. De acordo com os achados dos cientistas, para cada ano de escolaridade os homens obtinham um ganho de memória 2 vezes maior do que a perda sofrida por ano de envelhecimento.

No caso das mulheres, esse índice era de 5 vezes! Isso equivale a dizer que a perda de memória delas, a cada ano, era 5 vezes menor para cada ano de estudo que tinham.

Os pesquisadores acreditam que esses resultados melhores se devem ao fato de que as meninas têm memórias declarativas maiores que os meninos. Assim, elas acabam recebendo mais benefícios pelo aprendizado.

A Dra. Jana Reifegerste, que é membro da equipe científica da Universidade de Potsdam, Alemanha, e uma das autoras do estudo, comenta:

“Como aprender novas informações na memória declarativa é mais fácil se estiver relacionada ao conhecimento que já temos, mais conhecimento de mais educação deve resultar em melhores habilidades de memória, mesmo anos depois”.

Portanto, essa dica é ótima para os pais e mães. Lembrem-se que cuidar de uma boa educação para os filhos pode ser fundamental para o futuro. Mas se você já não é mais criança, existem muitas outras atitudes que podem ser tomadas para se prevenir o Alzheimer.

Seja qual for a sua idade, uma boa alimentação, bons hábitos diários – exercícios, sono e estímulos mentais – podem ajudar. Clique aqui para conferir um artigo especial com essas dicas. A prevenção é a melhor medicina! Supersaúde!

Referências bibliográficas:

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