Canabidiol (CBD) e Regeneração Cerebral

A mudança de 180º sobre o cânhamo (canabidiol – CBD), que passou de algo que se acreditava ser similar à maconha para um produto médico com ótimos resultados, foi de fato algo incrível.

E tudo isso motivado pela descoberta do sistema endocanabinoide na década de 90, quando mostrou-se a presença de receptores endocanabinoides em todas as células do nosso corpo. Eles precisam ser abastecidos por canabinoides produzidos pelo nosso organismo (endocanabinoides) ou por fito-canabinoides (exocanabinoides) presentes na natureza.

É aonde entra o cânhamo (CBD) e todas as outras frações, até quase virtualmente zero de THC.

Por isso, trata-se de um remédio da natureza que parece, segundo os estudos, ter uma enorme quantidade de benefícios de cura. Já são mais de 13 mil estudos publicados com resultados surpreendentes.

Conforme vamos apresentando deficiência em canabinóides, nossos corpos passam a envelhecer mais rápido, e a nível cerebral observamos:

  • Perda de memória
  • Metabolismo mais lento
  • Inflamação cerebral
  • Piora do sono           

Ou seja, nos tornamos insalubres e envelhecidos mentalmente. Possivelmente o motivo disso é o aumento desenfreado da substância A-betaque bloqueia nossos endocanabinóides no cérebro.

Com isso, nossa memória e o aprendizado ficam comprometidos, havendo aumento de confusão mental. Além disso, nossas lembranças começam a desaparecer.    

Mas os pesquisadores de Stanford observaram que “Quando a atividade do sistema canabinóide diminui, apresentamos um rápido envelhecimento no cérebro”.              

Portanto, quando se tem níveis deficientes de canabinóides, consequentemente haverá inúmeros problemas subjacentes.

É aí que entram os exocanabinoides, como os encontrados no cânhamo (CBD). São eles que abastecem o sistema canabinoide, especialmente quando o nosso mecanismo interno diminui.

Com isso, o seu corpo volta ao estado normal, saudável e rejuvenescido.

  • Outro fator que influencia o comprometimento cerebral são as células microgliais inflamatórias.

Elas agem regulando a limpeza celular, porém, na velhice, quando o sistema endocanabinoide fica ineficiente, elas passam a causar sérios danos ao cérebro, pois se tornam hiperfuncionantes, aumentando a inflamação cerebral.

Nesta condição, quando se usa também um exocanabinoide como o cânhamo (CBD), ele promove um reequilíbrio do sistema endocanabinoide, freando essas células gliais, o que corrige o problema.             

Ou seja, o envelhecimento do sistema endocanabinóide está correlacionado com o envelhecimento cerebral.

Veja agora os benefícios que as pesquisas estão descobrindo sobre o cânhamo (CBD) em relação à perda cognitiva

  • Segundo estudo publicado na Nature, aonde avaliou-se o uso de cânhamo (CBD) em animais idosos, por algumas semanas, observou-se melhora cognitiva desses animais. O mesmo resultado ocorreu em pacientes idosos.
  • O cânhamo (CBD) reduz a inflamação neural e remove proteínas tóxicas nas células neurais, de acordo com estudo do Salk Institute.                
  • O consumo de cânhamo (CBD) por 30 dias promoveu mais de 70% de melhora no humor, de acordo com publicação no Journal of Alzheimer’s Disease.              
  • Promove geração de células-tronco neurais no hipocampo do cérebro, segundo publicação no Journal of Cellular Biochemistry.      
  • Segundo o estudo do Instituto Scripps, o cânhamo (CBD) é o que há de mais eficiente em bloquear uma enzima-chave ligada ao envelhecimento cerebral.

Portanto, o cânhamo (CBD) pode ser um grande aliado na regeneração do seu sistema endocanabinoide, promovendo resultados impressionantes em neurogênese, memória e humor.

Referências bibliográficas

  • Salk News. “Cannabinoids remove plaque-forming Alzheimer’s proteins from brain cells.” June 27, 2016
  • J Alzheimer’s Dis. 2016;51(1):15-19
  • J Cell Biochemistry. 2016
  • Nature Med. 2017;23:782-787 
  • Neuro Endocrinol Lett. 2004;25(1-2):31-39
  • Stanford Medicine. “Blocking brain’s ‘internal marijuana’ may trigger early Alzheimer’s deficits, study shows.” June 18, 2014
  • Forbes. May 30, 2017
  • Science Daily. August 31, 2018
  • Scripps Research. (2006, August 9)
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