O Poderoso Antibiótico Natural Contra Doenças Infecciosas

Tanto na época de influenza como nesse período de COVID-19, há um aumento de casos graves e até mortes induzidas por septicemias. Estas condições de saúde evoluem com dor de cabeça, febre alta, asfixia, falta de ar e pneumonia grave.

Por coincidência, a síndrome de deficiência de tiamina (vitamina B1), também chamada de beribéri, tem muitas semelhanças com sepse. Estes pacientes graves, em geral, apresentam frequentemente uma deficiência desta importante vitamina.

No beribéri e às vezes na síndrome de Wernicke-Korsakoff (um distúrbio de memória causado por grave deficiência de tiamina) a suplementação dessa vitamina pode aliviar estas doenças. Porém, no caso de pacientes com sintomas graves, pode haver necessidade de administração endovenosa para alívio imediato.        

Segundo um relatório de 2018, na Intensive Care Medicine, pacientes com choque séptico deficientes em tiamina, quando suplementada a vitamina, tiveram redução de mortalidade muito menor (13%) na comparação com aqueles que não a receberam (46%). Além disso, foram menos propensos a sofrer insuficiência renal.              

Há também uma gama enorme de doenças e distúrbios, incluindo disfunção mitocondrial, insuficiência cardíaca, delírios, hipotireoidismo e Hashimoto (um distúrbio autoimune da tireoide).

A revista Psychosomatics, em 2016, publicou uma investigação com 68 pacientes com síndrome de Korsakoff. Destes, 35 pacientes sofreram infecções graves durante a fase aguda da doença, incluindo meningite, pneumonia e sepse. Segundo os autores, “as infecções podem ser a manifestação da deficiência de tiamina”.        

Causas de deficiência de tiamina

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) realça a sua importância pelo aumento de septicemia, especialmente nesse momento de pandemia do Covid-19:      

    “A deficiência de tiamina ocorre onde a dieta consiste principalmente de cereais brancos moídos, incluindo arroz polido e farinha de trigo, fontes muito pobres de tiamina. A deficiência de tiamina pode se desenvolver dentro de 2-3 meses após uma ingestão deficiente e pode causar incapacidade e morte.”

O relatório da OMS aponta ainda que:

    “A deficiência de tiamina ocorre esporadicamente em pessoas socialmente isoladas, que sofrem perda de apetite e abnegação” – um ponto que é particularmente pertinente nas circunstâncias atuais de isolamento social preventivo.

 E mais:

    “A necessidade de tiamina é aumentada quando os carboidratos são ingeridos em grandes quantidades e aumentada durante períodos de aumento do metabolismo, por exemplo, febre, atividade muscular, hipertireoidismo e também durante a gravidez e lactação. Uma dieta baseada em arroz polido é rica em carboidratos, o que aumenta a necessidade de tiamina e é composta por um baixo teor de tiamina.”    

O uso indevido de bebida alcoólica também está ligado como importante causador de deficiência de tiamina, além de má nutrição e / ou má absorção.

Fontes de tiamina

Alimentares:

Para uma boa saúde, adultos precisam de cerca de 1,1 ou 1,2 miligramas (mg) de tiamina, por dia.

A tiamina, ou vitamina B1, é encontrada em:

  • carne vermelha e suína de animais criados a pasto;
  • salmão selvagem;
  • folhas verdes, gérmen de trigo, ervilhas, lentilhas e nozes;
  • aspargos, pimentão, berinjela e alho;
  • sementes de girassol, linhaça, macadâmia e pistache;
  • melancia, laranja e abacaxi.

É importante ter ciência de que a conversão de tiamina depende de quantidades suficientes de enxofre.

Alimentos ricos em enxofre são:

  • ovos orgânicos de animais criados a pasto, legumes, alho, cebola, couve de Bruxelas, aspargos, couve e gérmen de trigo.

Mantenha a sua ecologia intestinal equilibrada, pois todas as vitaminas do complexo B, incluindo a tiamina, são produzidas dentro do seu intestino.    

Suplementação

De acordo com os estudos, é aconselhável a suplementação de vitamina B1 na dosagem entre 50 mg / dia.

Protocolo contra infecções severas

Em infecções graves por coronavírus (SARS-CoV-2), diversos suplementos nutricionais têm sido utilizados. Além das vitaminas C e D, zinco e a quercetina, a vitamina B1 (tiamina) pode agir se complementando na proteção dessas doenças respiratórias infecciosas.

Um ensaio clínico elaborado pelo Dr. Paul Marik, médico intensivista do Hospital Geral Sentara Norfolk, na Virgínia Oriental, mostrou que seu tratamento com vitamina B1, associado às outras vitaminas, reduziu a mortalidade por sepse em quase cinco vezes, em adultos.

Também de acordo com publicação em 9 de janeiro de 2020, houve redução de mortalidade em pacientes pediátricos. Portanto, em qualquer estado de saúde, não se pode abrir mão de manter níveis ótimos de uma vitamina tão importante. Pense nisso e Supersaúde!

Referências bibliográficas:

  • Chest. June 2017; 151(6): 1229-1238
  • Dr. Malcolm Kendrick. January 28, 2017
  • American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. January 9, 2020 
  • Science Daily. January 22, 2020
  • Mayo Clinic, Thiamine
  • Heart Failure. July 2013
  • Innovations in Clinical Neuroscience. April 2013; 10(4): 26–32
  • Thyroidpharmacist.com. February 3, 2015
  • Psychosomatics. Nov-Dec 2016; 57(6): 624-633
  • Journal of Thoracic Disease. Jun 2016; 8(6): 1062–1066
  • WHO.int Thiamine Deficiency and Its Prevention and Control in Major Emergencies 
  • Intensive Care Medicine 2018; 44(11): 1940–1944
  • University of Maryland Medical Center, Vitamin B1
  • Nutrition Reviews 1942; 1(1): 4-5
  • Healthline, “Beriberi”
  • National Institutes of Health, “Thiamin”
  • Dietitians of Canada, “Food Sources of Thiamin (Vitamin B1)” Nov 7, 2016
  • Live Science, “What Is Thiamine (Vitamin B1)?” August 1, 2015
  • The World’s Healthiest Foods, “Vitamin B1 — Thiamin”
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