Você conhece o Ômega 7?

Não é nada inventado ou novo. Simplesmente, os cientistas estão começando a reconhecer os benefícios e a importância dessa substância para a saúde. Normalmente, quando se fala em Ômega, se pensa em Ômega 3 e Ômega 6. Mas, agora, há outro Ômega que começa a ser o grande foco das pesquisas científicas: trata-se do Ômega 7.

É um ácido graxo da família das gorduras insaturadas, mas, diferente dos Ômegas 3 e 6, que são ácidos graxos essenciais (não podem ser produzidos pelo corpo), esse ácido graxo não essencial parece ser promissor. Quem sabe, apesar de ser um ácido graxo não essencial, ele se torne cada vez mais essencial e indispensável para a sua saúde?

Os estudos têm mostrado suas vantagens, como:

  • melhoria na sensibilidade à insulina, o que protege contra Diabetes;
  • tipo 2;
  • redução da inflamação e dor crônica no corpo;
  • melhoria da saúde cardíaca, reduzindo o LDL colesterol (colesterol ruim) e o triglicérides, além de melhorar a elasticidade das artérias;
  • ajuda no controle do apetite, possivelmente por aumentarem os hormônios da saciedade;
  • melhoria na saúde mental, memória, ansiedade e depressão.

Como aumentá-lo? Alimento ou suplemento?

Existem 2 tipos de Ômega 7: o ácido palmitoleico e o ácido palmítico, que normalmente convivem no mesmo alimento. O ácido palmitoleico é o que garante os benefícios do Ômega 7 (isso é o que se imagina) e o ácido palmítico trata-se de uma gordura “trans” boa, algo que ainda precisa ser melhor esclarecido.

Portanto, o ideal é padronizarmos o ácido palmitoleico, apesar dos estudos serem ainda muito recentes para o sugerirmos como suplemento. No mercado já existe o Ômega 7, derivado de uma planta chamada sea buckthorn berries, que contém tanto o ácido palmítico como o ácido palmitoleico.

Da mesma forma, os alimentos com Ômega 7 contém os 2 ácidos, uma combinação complexa de componentes com benefícios ainda não reconhecidos. Esses berries estão sendo super valorizados agora, como já aconteceu com a romã e com o açaí. Para você saber, buckthorn berries é riquíssimo em antioxidantes, com cerca de 12 vezes mais vitamina C que a laranja. O confuso é que, nos alimentos que contêm os 2 ácidos, os benefícios superam os possíveis malefícios creditados ao ácido palmítico, que causariam ação pró-inflamatória – ao contrário do ácido palmitoleico, que sabidamente tem ação anti-inflamatória.

Fica difícil usar um alimento que contém um lado bom e um lado ruim, e só aproveitar o lado saudável. Mas, isso ocorre com frequência em diversos alimentos. Por exemplo: o óleo de macadâmia contém os 2 ácidos, mas promove redução de colesterol.

Será que quando os dois ácidos são associados o efeito negativo do ácido palmítico fica reduzido ou neutralizado? Como pode o peixe, a carne, o leite, manteiga, queijo, iogurte, salmão selvagem, óleo de macadâmia e sea buckthorn berries o conterem sem problemas adversos? Pesquisadores da Cleveland Clinic estão examinando os efeitos em humanos da suplementação de ácido palmitoleico  e, apesar dos resultados serem promissores, ainda há muitas questões sem resposta.

Considere que, consumindo os alimentos tanto de fonte animal como vegetal, que têm variedade de ácidos graxos, você certamente obterá os benefícios de cada um desses ácidos graxos. Caso você não consuma peixe – em especial o salmão selvagem – ou macadâmia, e queira melhorar ou tratar os sintomas ou doenças que esse ácido graxo em especial pode lhe ajudar, meu conselho é que copie a natureza: pense no seu consumo de ômegas como uma orquestra, aonde todos os diferentes tipos de ômega estarão tocando juntos e produzindo uma sinfonia. Assim, você não corre riscos e garante a absorção dos Ômegas 3, 5, 6, 7 e 9 para uma ótima saúde.

Atenção: é aconselhável consultar o seu médico antes de começar a usar um suplemento de Ômega 7.

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Referências bibliográficas:

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