Tomando remédios para dormir? Você está fazendo isso errado!

Usuários regulares de medicamentos para dormir têm mais do que cinco vezes o risco de morte se comparados aos que não utilizam medicamentos. É o que diz a pesquisa publicada no British Medical Journal (BMJ).

E você achou que isso era a pior notícia? Calma, estou só começando o assunto!

O fato é que os riscos estão aumentando em todos os sentidos, não importa quantas pílulas você tome. Aliás, apenas quatro pílulas por ano é uma dose suficiente para triplicar o seu risco de morte. Dezoito pílulas por ano então, quadruplicará esse risco.

Eu sei que é difícil acreditar numa informação dessas, mas como eu disse, isso foi publicado no BMJ (e eu acredito na publicação). Isso não é religião, é ciência!

Como se não bastasse, o estudo também descobriu que os usuários mais frequentes de pílulas para dormir apresentam um risco de aparecimento de câncer 35% maior.

Ainda que essas drogas não aumentassem o risco de morte, elas têm um zilhão de outros efeitos colaterais possíveis. É sabido que algumas pessoas que usam estes medicamentos saem de casa, dirigem, fazem sexo… Tudo isso enquanto supostamente adormecidas. O pior é que elas não têm memória nenhuma disto no dia seguinte (que soa como uma desculpa conveniente, e alguns já tentaram usá-la como defesa legal, mas na realidade este comportamento tem sido documentado e verificado).

Acrescente ainda os riscos de diminuição cognitiva, perda de memória, mau equilíbrio e efeitos colaterais sexuais.

Mas não se preocupe! Eu não vou deixá-lo sem dormir, afinal eu tenho…

TRÊS SOLUÇÕES GARANTIDAS E LIVRES DE DROGAS PARA VOCÊ DORMIR!

A Solução #1 é o hormônio do sono todo natural, a melatonina. Fico estupefato com o número de pessoas com problemas para dormir que já ouviram falar dela, mas que nunca a experimentaram.

Agora em diz: o que elas estão esperando?

Foi comprovado que o corpo fabrica a melatonina à noite para nos ajudar a dormir e que nós a fabricamos cada vez menos ao passo que envelhecemos. Também foi comprovado que pessoas de mais idade, com níveis baixos de melatonina, sofrem mais de distúrbios do sono do que pessoas mais jovens, que ainda a produzem em quantidade.

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Solução #2 é outro hormônio que começa a nos faltar à medida em que envelhecemos. Tem efeito tão poderoso no corpo humano que é banido da maioria dos esportes. Não, não são esteróides.

Trata-se do natural e perfeitamente seguro HGH, hormônio de crescimento humano. Ainda anos 90 eu havia sugerido que a suplementação do HGH combinado com a melatonina poderia ser a resposta para os problemas que os idosos apresentam para dormir. Agora, a ciência está me dando respaldo.

Os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Chicago confirmaram que o baixo nível de HGH leva ao sono ruim, inclusive a inabilidade de permanecer no “sono profundo”, que é uma parte tão essencial do descanso correto.

O sono melhor é só uma parte das funções do HGH. Esse hormônio também é crítico para a função metabólica correta e nos ajuda a permanecer “jovens” por dentro, mesmo quando envelhecemos no lado de fora.

Se você tiver mais do que 40 anos é muito provável que você precise de mais sono, não importa quão bem você durma.

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A Solução #3 é uma boa e velha terapia da conversa!

Um estudo recente, realizado com idosos com privação do sono demonstrou que após duas sessões de terapia e dois telefonemas de acompanhamento, 67% deles se beneficiaram com um sono significantemente melhor, ao passo que 55% ficaram completamente curados da insônia.

Estas não são as suas únicas soluções naturais, mas apenas três das melhores. Você também pode experimentar valeriana, kava kava, 5 HTP e algumas mudanças dietéticas de acordo com o seu tipo metabólico.

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Referências Bibliográficas:

– Sleep May 1, 2010; 33(5): 585-92
– Treating insomnia: use of drugs is rising despite evidence of harm and little meaningful benefit. BMJ 2004; 329:1198-1199.
– The Treatment of Sleep Disorders with Melatonin”. Developmental Medicine and Child Neurology, 1994; 36:97-107.
– American Journal of Clinical Nutrition, 86(5), 1420-1425, November 2007

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