Sem medo de ser feliz

Está na mídia: jovens inseguros, ou atrás de um barato, estão usando Viagra. O medo de não “mostrar serviço” é natural na juventude, mas deve ser superado sem muletas, para não criar uma dependência capaz de gerar sérios problemas psicológicos e físicos.Apesar do sucesso do Viagra como remédio, ele está relacionado a mais de 500 mortes e 1.500 casos de ataque cardíaco, derrames e outros eventos cardiovasculares, provavelmente, por estimular a formação de coágulos. Assim, para os jovens, o que hoje é simples diversão, sem maiores conseqüências (ou uma irresponsabilidade), amanhã pode se tornar um desastre.

Uma promessa possível

A ciência quase nunca é linear. Suas descobertas podem abrir os mais incríveis horizontes com a rapidez de um relâmpago.O que o Viagra e o vaga-lume têm em comum? Os mais tímidos não precisam ficar desconcertados com o que estiverem imaginando e os desinibidos podem tirar o sorriso do rosto…A resposta está na química, mais precisamente no óxido nítrico (ON)! Essa substância funciona, nos vaga-lumes, como um sinalizador de reações bioquímicas – a lanterna se acende toda vez que a produção dessa substância é estimulada. No Viagra, o ON controla a pressão sanguínea nos vasos e produz a ereção. Bom, de certa forma, com minhas desculpas a tímidos e desinibidos, até podemos dizer que o objetivo é o mesmo: enquanto o vaga-lume dispara seus flashes para cortejar a fêmea, o homem se vale do Viagra para uma boa performance sexual. Mas parece que o óxido nítrico ainda guarda outras surpreendentes utilidades, como o combate aos radicais livres.