O mito da Pressão Alta

Já não é de hoje que eu venho dizendo que a pressão alta não é a causadora de doenças cardíacas! E, sim, você leu direito.

Apesar do que a medicina insiste em dizer, a evidência mostrando uma ligação linear conclusiva entre a pressão sanguínea elevada e a incidência de doenças cardíacas é quase inexistente. Aliás, os dados da maioria dos estudos sobre o tema sugerem que…

…a hipertensão é um sintoma de doença cardiovascular e não a sua causa

 

Quase todos na comunidade médica concordam que a doença cardiovascular é resultado, em grande parte, do acúmulo de placa nas artérias, o que reduz o seu diâmetro e por sua vez faz com que o sangue que passa por elas tenha a pressão aumentada.

Aqui está uma boa analogia: quando você liga a torneira fora de casa, a água fluindo do esguicho voa uns 10 metros ou mais.  Por quê?  Porque está sob muita pressão depois de ser forçada para dentro de um minúsculo esguicho de 2,5 centímetros.  Mas o que aconteceria se aquele esguicho fosse de 30 centímetros de diâmetro?  O mesmo exato volume de água escoaria em uma pressão muito baixa.

Com seu coração e artérias isso não é diferente! A sua pressão sanguínea aumenta em resposta à compressão arterial e não por causa dela.  Elevar a pressão sanguínea é a maneira que o seu coração tem para compensar os “esguichos” congestionados, assegurando que os seus órgãos, cérebro e extremidades sejam adequadamente supridos de sangue.  Quando olhamos desta maneira, não faz sentido tentar artificialmente abaixar a sua pressão sanguínea usando medicações prescritas.

Tudo o que realmente precisa ser feito se resume a uma dieta rica em gorduras ômega 3 e escassa em carboidratos e gorduras trans, e tomar água que esteja livre de cloro (que causa lesões arteriais microscópicas que captam e seguram o colesterol que aumenta a pressão sanguínea).  E atenção! O flúor na água não é exatamente uma vitamina F.  É provavelmente um fator principal nas doenças cardiovasculares.

 

Restrição do sal é mais do que desnecessária. É completamente perigosa!

 

A restrição do sal em casos de hipertensão tem se tornado uma das “pérolas de sabedoria” que ninguém questiona. Uma restrição severa de sal para pessoas doentes ou sadias é uma prática perigosa e pode de fato causar mais problemas do que trazer soluções.

Somente aproximadamente um terço dos pacientes de hipertensão é sensível ao sal e foi diagnosticado com baixos níveis de renina, o hormônio renal que regula a pressão sanguínea. Nestas pessoas, a restrição do sal aumenta o nível de renina.  Então, alguma, mas não uma drástica restrição do sal, pode melhorar o controle da hipertensão nestes pacientes.

Entretanto, para a maioria remanescente das pessoas que lutam com a hipertensão que não são sensíveis ao sal e de fato tem um nível alto de renina, restringir o sal tem o efeito contrário e pode  fazer o nível de pressão sanguínea subir mais ainda.

Além disso, mesmo nos estudos que ilustram a redução na pressão sanguínea com a restrição do sal (Estudos Sobre a Prevenção da Hipertensão – ESPH), a pressão reduzida não pôde ser mantida.  O Dr. George S. Chrysant, líder na pesquisa sobre a hipertensão, comentou que os resultados da ESPH mostraram que a “perda de peso era mais eficaz na redução da pressão sanguínea do que a redução do sódio, e que os efeitos das duas intervenções se dissipavam com o passar do tempo”.  Ele concluiu que os resultados menos do que estelares dos estudos “levantam questões sobre a utilidade geral da redução do sódio para a hipertensão na população geral”.

A redução da pressão sanguínea pela restrição do sal é inconsistente e incerta.  Mas, há uma crítica bem pior sobre isso. Os estudos mostraram que a restrição do sal pode estar ligada a danos para os órgãos.  Se o coração e os rins são danificados pela hiponatremia (baixo sódio sanguíneo), você pode piorar a hipertensão.  A restrição do sal nos meses do verão pode levar à exaustão pelo calor e a um severo distúrbio mineral que causa desmaios e às vezes a um derrame ou um enfarto.

O sal é um nutriente necessário, exatamente como a vitamina A, os ácidos graxos e o colesterol.  O seu corpo precisa de quantias adequadas para sobreviver.  A maioria das pessoas pensa no sódio como se fosse algum tipo de veneno.  Entretanto, o sódio funciona bem com outros nutrientes importantes como o cálcio e o potássio para manter o corpo funcionando em níveis ideais.

 

Sal de mesa tóxico:  Leia isto antes de você começar a salpicá-lo na comida.

 

É importante que você obtenha o sal da mais alta qualidade na sua dieta justamente como se faz com qualquer nutriente.  Então, vamos conversar um pouco sobre qual sal é o melhor para você e o que as empresas têm feito para transformar o sal comercial em toxina ao invés de um nutriente.

A essas alturas, você está bem ciente de que o processo de refinamento pode reduzir o valor de qualquer alimento e realmente transformar alguns alimentos em produtos tóxicos.  É muito provável que, se uma correlação entre o sal e a hipertensão for algum dia comprovada conclusivamente, ficará provado que é causado pelo consumo maciço do sal comercial refinado.

Nem todos os sais foram criados iguais.  Exatamente como o adoçante não é açúcar, o sal comercial não é sal, ou pelo menos não é feito para o consumo humano.  O sal comercial é um produto industrializado feito para a indústria química, e não para a sua mesa.  Noventa por cento deste sal de classe industrial vai para a indústria química e o resto para o supermercado e para a sua mesa de jantar.  O sal refinado é destituído dos seus nutrientes naturais;  contêm aditivos como o ferrocianeto e silicatos (que basicamente são areia) para evitar que o sal se misture com a água e aglutine, e assim sairá facilmente do saleiro.  Mas se o sal não se mistura com água e 70 por cento do seu corpo é composto por ela, significa que ele não vai se misturar dentro do seu corpo. O único sal que vale a sua consideração é o sal marinho de um leito marinho limpo.  Não seja enganado:  se o rótulo disser “sal bruto,” não significa que o conteúdo seja puro.  O sal bruto é sal industrial não refinado.  Pode não ser refinado, mas foi minado de uma fonte muito provavelmente contaminada com metais pesados.  O sal marinho é a única opção.

 

Para ser um sal marinho que valha a pena para a sua família, ele deve preencher todos os três critérios seguintes:

– O sal não será da variedade branca como a neve ao qual você está acostumado.  Deve ter uma cor cinza clara.  Depois de algum tempo, a cor no fundo do saleiro será mais escura.  Se o sal for branco cristal, pode ser sal marinho, mas foi tratado e fracionado para tirar as impuridades e isso tira os minerais essenciais ao mesmo tempo.  Se não for cinza claro, não é um sal nutritivo.

– O sal marinho legítimo não é seco ao tocá-lo.  Deve ser um pouco empapado.  A umidade se deve à presença de sais de magnésio.  Quando ele é guardado em um lugar fresco, ele não seca.

– Os cristais sob magnificação são pequenos e cúbicos.

Encontrar o sal marinho puro pode ser bastante difícil.  Há vários produtos no mercado que alegam ser “puros”, mas infelizmente quase todos foram modificados até certo ponto.

 

E lembre-se:

1.      Armazene o sal em um lugar fresco e seco em um frasco hermético para evitar que seque.

2.      Misture o sal a cada dois ou três dias.  Quando o sal marinho natural fica parado, a umidade vai para o fundo do frasco e o sal aglomera.

 

Referências Bibliográficas:

– Scientific American.  July 8, 2011

– Int. Urol Nephrol.  2009

– Hypertension.  June 1995

– Approaches to Reducing Sodium Consumption; Establishment of      Dockets; Request for Comments, Data, and Information. September 15, 2011

– New England Journal of Medicine.  April 17, 1997

–  American Journal of Hypertension 2011 Aug; 24 (8): 843-53.

– JAMA. 2011; 305 (17): 1777-1785.

– Metabolism – Clinical and Experimental November 1, 2010

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