Mau Hálito: Todos Sabem, Menos Você

A primeira providência que todos tomam são os remédios convencionais para o mau hálito, como o enxaguatório bucal. Porém, na realidade, eles podem fazer muito pouco por você e com resultados de curta duração. Esses enxaguatórios bucais se concentram em alterar a composição química dos gases rançosos, e não fazem nada para impedir a bactéria causadora do mau hálito.

E falando de enxaguatório bucal, lembre-se do peroxido de hidrogênio (água oxigenada ou H2O2) a 3%, que certamente é bem melhor do que todos esses produtos que você vê na TV – e o resultado dura muito mais.

Ele mata bactérias, o que nenhum dos outros produtos faz, além de retardar gengivites e reduzir formação de placas.

Pode inclusive ser usado no waterpick para a sua higiene oral.

Outra opção mais natural e que pode melhorar a saúde bucal é o bochecho de óleo de coco durante cerca de 10 minutos, permitindo a extração de bactérias patogênicas.

No final do processo deve-se eliminar esse conteúdo em vez de engoli-lo. Mas isso também só traz resultado provisório de pouca duração, apesar de ser bem saudável.

Na verdade, o que você precisa fazer é corrigir a sua alimentação.

Como descobrir a causa?

Há várias causas que precisam ser averiguadas:

1) Saúde bucal e ecologia microbiana

Na maioria das circunstâncias, a halitose deriva de micróbios indutores de odor que residem entre os dentes e as gengivas e na sua língua. Também pode ser causada por bactérias ligadas à doença das gengivas.

A doença gengival tem dois estágios: gengivite e periodontite. Se não for tratada imediatamente, a gengivite pode progredir em periodontite, o que literalmente significa “inflamação em torno dos dentes”.

2) Tabagismo

A halitose induzida por cigarro é uma das formas mais graves de mau hálito, e os charutos também contêm vários produtos químicos que produzem um forte odor e manchas de dentes.

3) Pode vir do seu nariz

Normalmente pensamos que o mau hálito é principalmente uma questão de fungos na língua, um problema dentário, ou mesmo o refluxo gástrico.

Todas essas possibilidades podem ser um fator causador, mas a origem mais importante de mau hálito é provavelmente os sinus, o nariz e a nasofaringe, a área que sua língua não alcança, atrás do seu nariz e acima da base da sua língua.

Os sinus nasais, essas cavidades ósseas da cabeça abaixo de seus olhos, são muito provavelmente culpados pelo mau hálito caso fiquem infectados.

O melhor tratamento para esse tipo de halitose é a água oxigenada (Peróxido de hidrogênio ou H2O2).
Use a água oxigenada, da farmácia à 3%.
Dilua em 50% com água e coloque de 5 a 10 gotas em cada narina.
Inalar vigorosamente (vai queimar um pouco).
Faça isso 2 vezes por dia, e veja se ajuda.
Se não surtir efeito, então o seu problema não é o sinus.
Neste caso, vamos ver às outras possibilidades.

4) Alimentação inadequada

O excesso de consumo de carboidratos refinados, refrigerantes, frutas e sucos de frutas e até mesmo bebidas saudáveis enriquecidas com vitaminas, além de grãos, contêm ou geram grandes quantidades de açúcar, o que causa um desequilíbrio importante da ecologia intestinal.

Isso impacta negativamente no seu intestino, causando um crescimento de bactérias, fungos e leveduras que se multiplicam, produzindo metabólicos que levam à deterioração da sua saúde. Eles comprometem a absorção de nutrientes importantes, inibem a degradação de toxinas e aumenta episódios alérgicos, sendo que todos estes somados promovem uma queda imunológica importante.

Cerca de 80% dos seus receptores imunológicos estão localizados no intestino, e quando há o desequilíbrio dessas bactérias, esses receptores estão nocauteados . O equilíbrio é quando temos cerca de 85% de boas bactérias e 15% de bactérias ruins.

Agora você já sabe. Mau hálito tem jeito!

AVISO: Não é recomendado o uso do peróxido de hidrogênio em casos de dores de ouvido, secreção purulenta ou perfuração do tímpano. Nessas situações é necessário uma avaliação do seu médico.

Referências bibliográficas:

– J Biol. Chem. 1987: 262(3):1098-104
– Canadian Journal of Gastroenterology, Sept 2010; 24(9): 552-556
– Huffington Post, Jan 13, 2010
– Huffington Post, July 20, 2011

< Artigo AnteriorPróximo Artigo >