Maratona: quem está mais exposto

Os perigos da hidratação excessiva.

Todo atleta sabe o quanto a água é importante na preservação da saúde. Atleta desidratado corre riscos desnecessários, como de sobrecarregar articulações mal lubrificadas e demorar mais tempo para se recuperar de lesões. No entanto, a água em excesso pode causar agressões sérias em corredores de maratona.

Quando um maratonista se sente esgotado ou passa mal no fim de uma longa prova, nada parece tão lógico quanto oferecer-lhe água para beber. Algumas vezes, porém, é a última coisa de que ele precisa. Se o atleta ingeriu bastante água durante a prova, isso pode ter baixado a taxa de sódio no sangue o que, eventualmente, leva a água a se acumular nos pulmões e faz o maratonista sentir náuseas e falta de ar. Pessoas mal informadas podem achar que ele esteja sofrendo um ataque cardíaco, quando o que ocorre é um edema pulmonar, ou mesmo cerebral.

Pesquisadores avaliaram os casos de 7 maratonistas que tiveram colapso  e apresentaram náuseas e vômitos após suas provas. A tomografia cerebral revelou edema em 6 deles, que foram tratados com uma solução intravenosa com altas concentrações de sódio – o que é exatamente o oposto do que um maratonista receberia, caso fosse mal diagnosticado, o que agravaria seu estado.

Quem está mais exposto

-Dos 7 maratonistas avaliados, 5 eram mulheres, o que sugere serem elas mais predispostas a intoxicações com água com reflexos no cérebro e nos pulmões.

-Quem usa anti inflamatórios não esteróides e analgésicos como a simples e comum aspirina. Essas drogas podem bloquear a excreção de água pelo organismo.

Como se prevenir

-Não usar analgésicos ou drogas anti inflamatórias não esteróides durante as provas.

-Alertar médicos e paramédicos sobre a possibilidade de que a hiperhidratação seja a causa de edema ou colapso em maratonistas.

 

< Artigo AnteriorPróximo Artigo >