A VERDADEIRA chave para evitar o melanoma – TOME MAIS SOL!

Você não precisa de filtro solar quando você vai lá fora, mas talvez precise de um par de tapa-ouvidos. Tome um pouco de sol e não vão passar cinco minutos antes que algum sabe-tudo chegue para te dar um sermão sobre os supostos males da exposição aos raios UV.

Bem, deixe eu lhe contar algo sobre essas pessoas: Eles não sabem nada!

O sol é ESSENCIAL para a vida neste planeta e é especialmente crucial para você. Você precisa dele para o seu coração, precisa dele para o seu humor e para fabricar a vitamina D essencial.

Eu poderia ficar escrevendo o dia inteira que a luz do sol é necessária e não perigosa, mas eu estaria lutando contra décadas de propaganda da indústria dos “cuidados” com a pele.  Ela tem um orçamento de marketing maior que o PIB de algumas nações, e eu não posso competir com isto.

A única coisa que eu tenho do meu lado, entretanto, é a CIÊNCIA e é aí que ela não consegue competir comigo, porque a pesquisa é clara como a luz do sol.

A luz do sol não é a principal causa do melanoma! E ponto final.

Um estudo novo comprova isso mais uma vez, mostrando como esta forma mortal de câncer de pele não tem nada relacionado com o sol e sim com aquilo com que você nasceu.

Os pesquisadores criaram ratos predispostos a ter melanoma.  Metade também era ruiva, com bastante feomelanina, o pigmento responsável por cabelo vermelho e pele pálida em seres humanos.

Metade dos ratos ruivos desenvolveram o melanoma, comparados a apenas 10% dos ratos não-ruivos.  Pronto para a parte mais importante?  Estes ratos não foram expostos a NENHUMA LUZ ULTRAVIOLETA.

O pigmento feomelanina em si parece puxar antioxidantes da pele para que ela possa reparar-se corretamente quando necessário.

Então, claramente, se você tiver pele clara e especialmente se você tiver cabelo vermelho, você deve aumentar os seus antioxidantes para se proteger contra esta forma potencialmente fatal de câncer.

Esta é a minha conclusão, entretanto.  Os pesquisadores por detrás do estudo, por outro lado, concluíram que as pessoas, especialmente as ruivas, ainda assim deveriam evitar a luz do sol.

Me poupe!  Estes ratos não foram expostos a um único feixe de luz do sol e ainda sim desenvolveram a doença, então se isto não for um sinal claro de que eles estão procurando pelo em ovo com esta história do sol, eu não sei o que é.

Além do mais, este não é, de jeito nenhum, o primeiro ou único estudo que descobre que o sol não é a principal causa de melanoma.  Um estudo alguns anos atrás descobriu que o número de pintas que você tem na pele é o mais forte fator de risco para melanoma.

E enquanto o sol pode causar algumas pintas, a maioria é genética e se desenvolverá, não importa quanto (ou quão pouco) tempo você passa exposto à luz UV.

Um outro estudo recente descobriu que o melanoma em crianças, que já foi inédito um dia, tem aumentado progressivamente desde o início dos anos 70.  Sim, gente, foi aí precisamente que os pais começaram a cobrir os seus filhos com filtros solares (e quando milhões de crianças pararam totalmente de ir para o ar livre devido à televisão, vídeo games e, por fim, computadores).

Não bastam estas evidências? Um estudo da Austrália há alguns anos descobriu que pessoas que trabalham em escritórios têm mais probabilidade de desenvolver o melanoma do que salva-vidas. Se o sol causa o câncer, como isto pode ser?

Mas, se você quiser ficar boquiaberto, não precisa ir até a Austrália.  Você também nem precisa decifrar todo aquele palavreado científico no jornal médico, seja ele sobre ratos ou crianças. Tudo o que você precisa fazer é dar uma olhada na web, no site da CDC, que tem um mapa da incidência de melanoma nos Estados Unidos neste momento.

Ele mostra em branco e preto que os estados com as mais altas taxas de melanoma têm alguns dos menores níveis de sol. Contrariamente, algumas das menores incidências são encontradas nos estados mais ensolarados.

Então, pare de culpar o sol e comece a focar nos VERDADEIROS fatores de risco para o câncer de pele, especialmente os mortíferos melanomas. Você não pode fazer nada sobre ter pele clara ou o número de pintas na sua pele, mas você PODE fazer algo sobre os outros fatores de risco principais, incluindo a exposição aos químicos industriais, a radiação (incluindo a radiação de testes médicos), lâmpadas de tubo e até filtro solar. Sim, filtro solar! A mesmíssima coisa que lhe disseram que protegerá a sua pele de câncer pode na verdade CAUSÁ-LO.

Muitos filtros solares contêm palmitato de retinol.  É uma forma de vitamina A, mas não uma boa, pelo menos não quando você lambuza a sua pele com ele e vai para o ar livre.  Estudos descobriram que o palmitato de retinol pode na verdade potencializar os tumores da pele e fazê-los crescerem mais rapidamente, ESPECIALMENTE quando expostos à luz ultravioleta.

Você não poderia encontrar um ingrediente pior para um filtro solar nem que tentasse!

Algumas companhias estão abandonando o palmitato de retinol por absoluto, mas ainda está presente em muitos filtros solares e cremes para a pele.  E, na verdade, mesmo sem este ingrediente o filtro solar é um coquetel de conhecidos carcinógenos e nano partículas que não são bem compreendidos.

Então, esqueça o filtro solar! Você precisa de MAIS sol, não menos.  Só há uma regra que você precisa seguir:  ficar na sombra antes de queimar-se.

O meu conselho é que você use um protetor adequado que não contenha estes produtos tóxicos, normalmente manipulados pelo seu médico, mas isso só depois que a pele começar a ficar rosada.

Ah! E não esqueça o tapa-ouvidos.  Você vai precisar deles quando o inevitável sabe-tudo aparece para dar um sermão.

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Referências bibliográficas:

– European Journal of Cancer June 2008;44(9):1275-81

– Public Health Nutrition October 24, 2011

– American Academy of Dermatology August 16, 2012

– Public Health Nutrition October 24, 2011

– Association of Health Care Journalists May 7, 2010

– Dermato-Endocrinology 1:6, 1-7; November/December 2009

– Epub 2010 Oct 6. PMID: 20979596

– British Journal of Cancer (2000) 82(9), 1593–1599

– Int. J. Cancer: 87, 145–150 (2000)

– Journal of Dermatological Science Volume 16, Issue 3, Pages 226-230, March 1998

– Journal of Dermatological Science Volume 30, Issue 1, Pages 73-84, October 2002

–       Int J Vitam Nutr Res. 1995;65(2):79-86.

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