Conheça as melhores estratégias para prevenir perda de memória e o declínio cognitivo

Alimentação e exercício agem de mãos dadas formando a primeira defesa contra todas as doenças, inclusive alterações cerebrais.

Estudos prévios mostram que indivíduos que consomem uma alimentação saudável sofrem menos sintomas de demência conforme envelhecem e uma quantidade crescente de pesquisas realizadas em atletas mostra a força do exercício para manter a mente afiada.

Na medida em que vamos envelhecendo, os riscos de demência e Alzheimer ficam maiores. A resistência à insulina e o diabetes aumentam consideravelmente esses riscos. Diabéticos tem mais de 65% de risco de desenvolverem Doença de Alzheimer por exemplo.

Portanto, evite açúcar e grãos e seja comedido com a ingestão de alimentos que promovam a elevação da glicemia (alimentos de alto índice glicêmico). É muito importante que você tenha isso em mente, caso você deseje otimizar a sua saúde, mantendo sua boa função cerebral, independente da sua idade.

 

Exercício é um componente vital na saúde cerebral

Existem várias evidências científicas mostrando que o exercício produz importantes ganhos cognitivos e ajuda a combater demência.

De acordo com o psiquiatra John Rafey, é possível retardar a demência mental de 10 a 15 anos com a incorporação de um programa de exercícios de 3 a 4 vezes por semana.

É sabido que o exercício promove mecanismos de reparação tecidual e celular, inclusive o crescimento de novas células cerebrais.

O exercício também protege contra a perda de memória, pois:

– promove a produção de componentes protetores de nervos;

– aumenta o fluxo sanguíneo cerebral;

– melhora o desenvolvimento dos neurônios;

– diminui o risco de doenças vasculares e cardíaca que impactam a função cerebral.

Em resumo, o exercício encoraja o cérebro a trabalhar numa capacidade ótima promovendo multiplicação de células dos nervos cerebrais, fortalecendo suas interconexões e protegendo as de lesões.

 

Consuma vegetais para aperfeiçoar sua saúde e fortalecer a parte mental

Os vegetais são fontes de antioxidantes, o que promove a proteção necessária das células cerebrais que são muito deficientes em antioxidantes tornando-se muito vulneráveis a lesões e degeneração. O aporte de antioxidantes tem papel fundamental nessa proteção.

Além disso, recomendo sempre comer em acordo com o seu tipo metabólico, respeitando suas características bioquímicas.

Ômega 3 é vital para o seu cérebro, alias 50% do seu cérebro é constituído de ômega 3, gordura conhecida como DHA.

Muitos estudos mostram a sua proteção contra a demência cognitiva. Os mecanismos protetores são descritos como:

– redução da inflamação no seu cérebro;

– limitação do acumulo de placas de beta-amiloide, que são muito maléficos e caracterizam a Doença de Alzheimer;

– influência na função da membrana; e

– regeneração das células nervosas.

Como os peixes estão muito contaminados ou com uso de ração, você precisa levar em consideração consumir algum tipo de suplementação com origem no ômega 3.

 

Alimentos que devem ser evitados

1) açúcar – especialmente frutose;

2) grãos;

3) aspartame; e

4) soja.

O excessivo consumo de açúcar e grãos são fatores que causam resistência à insulina, que por consequência causam inflamação lesando mais células cerebrais prematuramente. O ideal é restringir o consumo de frutose abaixo de 25 gr/ dia. Além da resistência à insulina o grande consumo destes alimentos causa também resistência à leptina, aumentando o seu ácido úrico.

Evite também adoçantes artificiais. O aspartame promove a formação de excitotoxinas que lesam células cerebrais. Há diversos estudos mostrando isso, especialmente mostrando a diminuição de memória e o surgimento de lesões hipotalâmicas nos neurônios de ratos.

Outro estudo importante publicado no Journal Nature em 2002 sugere que o aspartame pode causar retardação natural, apesar do mecanismo que causa isso não estar claro. Outros estudos ligam o aspartame à lesão cerebral e tumores mesmo em pequenas doses.

Soja não fermentada também deve ser evitada se você quer manter boa função cerebral.

Um estudo epidemiológico bem elaborado relaciona o consumo de tofu em excesso ao envelhecimento cerebral acentuado. Homens que comem tofu ao menos duas vezes por semana têm mais alteração cognitiva se comparado com indivíduos que não consomem tofu, e os resultados de seus testes são equivalentes a cinco anos a mais do que o real. Além disso, indivíduos com meia idade que consomem tofu têm associado baixo peso cerebral. Essa diminuição ocorre naturalmente no envelhecimento, mas nestes casos é mais acentuado.

Cuide de sua saúde física, mas jamais abandone os cuidado com sua saúde mental! É ela quem vai garantir que você viva mais e melhor!

 

Referências bibliográficas:

– Brain Aging and Midlife Tofu Consumption,” White LR, Petrovitch H, Ross GW, et al, J Am Coll Nutr, 2000;19(2):242-255

– Over 7,000 Aspartame Complaints Since ’81, FDA Says; Controversy Remains,” Nutrition Week, May 26, 1995;25(20):1-2.

– Aspartame and Its Effects on Health,” Lean MEJ, Hankey CR, BMJ, October 2, 2004;329:755-756. (Address: Michael E. J. Lean.

– Aspartame and Dieting”, Nutrition Week, June 13, 1997;27(23):7/International Journal of Obesity, January, 1997;21(1):37-42

– Aspartame: Neuropsychologic and Neurophysiologic Evaluation of Acute and Chronic Effects,” Spiers PA, et al, American Journal of Clinical Nutrition, 1998;68:531-537

– Dietary Factors That Influence the Neural Substrates of Memory”, Wenk, Gary L., The Vulnerable Brain and Environmental Risks, Volume I: Malnutrition and Hazard Assessment, Plenum Press, New York, 1992;Chapter 3;67-74.

– Journal of Neuroscience April 27, 2005;25:4217-4221

< Artigo AnteriorPróximo Artigo >