Sem gordura não dá!

Os benefícios da gordura na alimentação do atleta são muitos e poderosos. Sua falta pode comprometer todo um árduo trabalho feito para melhorar a performance.

Pouco caso com a saúde? Falta de informação? Não sei, mas muitos atletas continuam se alimentando mal. Entre os pecados cometidos, evitar gorduras é dos mais comuns e imperdoáveis, pois elas atuam em importantes processos orgânicos. Mesmo as chamadas “gorduras ruins” são necessárias, desde que estejam em equilíbrio com outras gorduras e substâncias. As gorduras “do bem” favorecem a oxigenação dos tecidos, produzem energia, regulam as funções celulares e contribuem para uma rápida e melhor recuperação de lesões de tecidos e articulações. Esses benefícios são muito importantes para atletas. Quando as taxas de gordura não estão adequadas, pode ter certeza: a performance nos esportes estará comprometida.

Do bem e do mal

As gorduras se dividem basicamente em saturadas e insaturadas. As primeiras permanecem sólidas à temperatura ambiente, como as gorduras da carne, margarina, manteiga e óleo de amendoim. As insaturadas são líquidas e dividem-se em monoinsaturadas e poliinsaturadas.

As gorduras saturadas apresentam dupla ligação entre as moléculas, as monoinsaturadas, como o nome diz, apenas uma ligação, enquanto as poliinsaturadas apresentam duas ou mais ligações. Quanto mais ligações as moléculas de gordura apresentam, mais sofrem a ação dos radicais livres e diminuem a produção de energia. Daí é fácil deduzir que as gorduras monoinsaturadas são as mais saudáveis, favorecem os atletas. Encontram-se no azeite de oliva extra-virgem, em nozes, castanhas e sementes.

Ácidos graxos essenciais
Para aumentar ao máximo a produção de energia, os atletas devem usar ácidos graxos saturados de cadeia curta e aumentar os níveis de Ômega 3, encontrado em óleo de peixe e semente de linhaça, entre outros alimentos. Ao mesmo tempo, devem evitar frituras, óleos e gorduras hidrogenados, alterados ou processados, pois prejudicam as atividades celulares e ainda agridem artérias, fígado e intestinos. Atletas que consomem Ômega 3 apresentam mais energia e disposição, atingem melhores performances e demoram mais para se sentir fatigados.

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