Tireóide, a chave da energia

Milhões de pessoas sofrem de insuficiência tireoidiana e não sabem. O resultado é uma epidemia mundial de desânimo e baixa vitalidade.

Cansaço, irritabilidade e confusão mental são sintomas freqüentemente atribuídos ao estresse por um grande número de pessoas. Mesmo sentindo-se sugadas e sem energia, elas vêem os seus check-ups darem resultados normais e, assim, tocam a vida durante anos. Muitas vezes, carregam a pecha de pouco determinadas, depressivas e sem vitalidade. Até que, finalmente, o problema atinge tal gravidade que até os exames menos precisos logo o diagnosticam: hipotireoidismo. No mundo inteiro, a incidência dessa doença vem aumentando, mas os exames para diagnosticá-la continuam falhos. Por isso, mesmo com resultados aparentemente normais à mão, o médico deve investigar outros indicadores do problema e levar a sério as queixas do paciente.

O hipotireoidismo é a mais comum das alterações da tireóide e atinge cinco vezes mais mulheres do que homens, desencadeando desequilíbrios físicos, emocionais e mentais. Essa abrangência de sintomas explica-se pelo fato de que a tireóide, uma pequena glândula localizada na parte inferior do pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios – T3 e T4 –, que regem todo o nosso metabolismo e órgãos.

A atenção do médico faz diferença também nos cuidados de quem já está em tratamento. É que os hormônios sintéticos atualmente usados, embora amenizem os sintomas, nem sempre dão conta do problema. A alternativa é a adoção de preparados à base de extratos tireoidianos, de antioxidantes que combatam os agressores químicos mais comuns e de vitaminas e minerais que reforcem o sistema imunológico. Os mais importantes são as vitaminas C, E e do complexo B. Entre os minerais, o cromo, o selênio e o manganês não podem faltar. O aminoácido L-tirosina é outro indispensável, pois é a base do hormônio tireoidiano. São bem-vindos também os alimentos ricos em bioflavanóides (como uvas vermelhas e chocolate), o azeite de oliva e os suplementos de ácidos graxos, como o ômega 3 e o Flax Seed Oil.

Eliminar os agressores da tireóide é indispensável e vale, inclusive, como prevenção para todas as pessoas. Na prática, significa evitar a exposição a radiações ultravioletas, dispensar o uso de água e cremes dentais fluorados, e eliminar tabaco, álcool, açúcar e cafeína. Deve-se limitar ainda o consumo de nozes, amêndoas, amendoins e soja. Desintoxicações regulares completam o leque de cuidados.

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