Alerta! A nutrição pode ajudar até em acidentes nucleares

No mês passado (22/08/15), o jornal “O Estado de São Paulo” publicou uma matéria muito preocupante. Os poços da zona rural de Caetité, na Bahia, estariam, segundo a reportagem, altamente contaminados por Urânio. Isso é algo que certamente está causando impactos negativos à saúde dessa população.

É um caso complicado, e dou aqui meu alerta e sugestão para essas pessoas – não só para os habitantes da cidade, mas para todos em um raio de 300km do local de contaminação, que podem ser afetados.

O que fazer numa situação dessas?

Há muitos alimentos e suplementos que podem ser úteis nesse tipo de emergência. Vou listar alguns deles:

1)    Com certeza, em primeiro lugar, recomendo o uso de suplemento de iodo (iodeto de potássio) na sua forma estável. Esse iodo protegerá a tireoide que, aliviada pela substância, não vai captar o iodo na forma radioativa.

2)    Vitamina D3, na forma de Colicalciferol, também seria indicada. Ela oferece proteção contra lesões causadas por radiação, pois age por diversos mecanismos, incluindo regulação e proliferação do ciclo celular, diferenciação e comunicação, além de apoptose (morte celular programada). É considerada o principal agente não farmacêutico que oferece proteção contra danos causados por baixa radiação indutores de câncer. A dosagem recomendada diariamente varia entre 4.000 e 8.000 iu.

Os estudos mostram que a vitamina D pode ajudar na proteção de 16 tipos diferentes de tumores, como os de próstata, ovário, pulmão, além de câncer de pele. Pode ser usada antes, durante e depois de um acidente radioativo, com os mesmos benefícios.

3)    Outra opção seria o iodeto de potássio. A American Thyroid Association recomenda que todos os que vivem a cerca de 350 km de uma planta nuclear tenham iodeto de potássio em casa. Ele deve ser usado como suplemento caso haja qualquer evento de emergência por radiação. Mas, atenção: você só poderá usá-lo em condições de radioatividade, e não por muito tempo, pois o excesso pode causar tireotoxicose. Proteja-se naturalmente, usando estratégias alimentares que não geram problemas.

4)    A spirulina também pode ser usada para proteção contra radiação, tendo sido utilizada, inclusive, em crianças, após o acidente de Chernobyl. Os estudos clínicos sugerem diversos efeitos terapêuticos, desde redução de colesterol e câncer, até a melhoria do sistema imunológico, da concentração de lactobacilos no trato intestinal e redução da nefrotoxicidade por metais tóxicos, drogas e, é claro, radiação. Essa ação protetora de radiação é atribuída à presença de Phycocyanin, um pigmento azul que se liga as membranas fotossintéticas, além de ser uma molécula que conserva nitrogênio. Esses átomos de nitrogênio podem formar um complexo com metais pesados como Cesium e Estrôncio radioativos, retirando-os do corpo.

5)    O Whey Protein, muito conhecido, também pode ajudar a proteger contra a absorção de minerais radioativos. Ele contem todos os precursores que ajudam o seu corpo a produzir Glutationa, a principal enzima antioxidante, que é uma das melhores armas para desintoxicar o organismo dessas substâncias.

6)    A alga clorela, por ser rica em clorofila, pode aumentar a sua resistência à radiação.

7)    O cogumelo Reishi também pode ser utilizado, por ser rico em componentes que aumentam a resposta imunológica.

8)    Vitamina C em altas doses seriam úteis, graças a seu efeito antioxidante.

9)    Já a substância Astaxantina apresenta ação protetora contra radiação ionizante.

10)  O óleo de coco, útil em inúmeras ocasiões, fornece suporte para a boa função tireoidiana.

11)  Por fim, eu poderia citar também a argila bentonítica, que colabora na mobilização de tóxicos.

Mais do que apenas dar dicas para quem passa por esse tipo de situação alarmante, ou seja, o contato com a radiação, espero ter demonstrado que até em casos extremos uma nutrição adequada pode ajudar. Fique de olho no que você come: alimentos, vitaminas, suplementos alimentares… são eles que curam e protegem a sua saúde!

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Referências bibliográficas:

  • Cellular & Molecular Immunology January 2011
  • International Journal of Low Radiation.  2008;5(4)
  • International Journal of Health Services 2012, Volume 42, Number 1,     Pages 47–64
  • Journal of Medicinal Food July 7, 2004
  • Cancer Science August 2009
  • Journal of Hygiene Research September 2011 Sep; 40(5): 551-554
  • International Journal of Low Radiation 2008; 5(4)
  • Bulletin of the Atomic Scientists May/June 2012 68: 51-58
  • Cellular & Molecular Biology January 31, 2011

           

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